Publicado em: 04/04/2025
Um respiro de esperança para a Amazônia! Dados do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) revelam uma queda significativa nos focos de calor e nas áreas desmatadas em março de 2025. Os números, embora positivos, não diminuem a necessidade de vigilância constante, já que a floresta ainda enfrenta desafios.
Durante o mês de março, foram identificados 24 focos de calor, uma redução de quase 32% em relação aos 35 focos registrados no mesmo período de 2024. A coordenadora do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP), Priscila Carvalho, destaca que nem todos os focos de calor indicam queimadas ilegais, muitas vezes sendo resultado de atividades humanas autorizadas ou fenômenos naturais.
A colaboração entre órgãos ambientais e o uso da plataforma Rede Mais, que utiliza imagens de 180 satélites, têm sido essenciais para monitorar e proteger a floresta.
O desmatamento também apresentou queda, com pouco mais de 8.300 hectares desmatados em março deste ano, contra quase 9 mil hectares no ano anterior, resultando em uma redução de 7,57%. No entanto, alguns municípios ainda preocupam, com Lábrea (2.041 hectares) e Novo Aripuanã (1.767 hectares) liderando o ranking negativo.
O Ipaam reforça que o desmatamento ilegal no Amazonas pode gerar multas de R$ 5 mil por hectare, valor que dobra em casos de uso de fogo ou incêndios ilegais. Áreas desmatadas ilegalmente podem ser embargadas e os equipamentos apreendidos. Queimadas não autorizadas também são passíveis de multa de R$ 3 mil por hectare, conforme o Decreto Federal nº 6.514/2008.