Publicado em: 26/04/2025
Conselheira alertou Lupi sobre riscos de fraudes no INSS em 2023
Em junho de 2023, a conselheira Tonia Galleti, representante de aposentados no Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), solicitou urgentemente a discussão de indícios de irregularidades em descontos na folha de pagamento de beneficiários do INSS. O tema, porém, só foi pautado dez meses depois, em abril de 2024, levantando questionamentos sobre a prioridade dada à fiscalização de possíveis prejuízos a milhões de aposentados.
Pedidos de transparência foram negados pelo ministro
Na reunião do CNPS, Galleti pediu acesso a dados críticos: número de entidades com Acordos de Cooperação Técnica (ACTs), crescimento de associados e propostas de regulamentação para proteger beneficiários. Carlos Lupi, ministro da Previdência, classificou o pedido como “relevante”, mas alegou falta de “levantamento preciso” para incluir o assunto na pauta. Prometeu priorizá-lo na próxima sessão, compromisso não cumprido.
Demora na apuração expõe vulnerabilidade dos aposentados
A postergação do debate por quase um ano mantém em risco cerca de 1,5 milhão de beneficiários vinculados a entidades com ACTs, segundo estimativas de auditorias internas. O caso revela falhas na governança e na agilidade de respostas a denúncias, enquanto aposentados seguem sujeitos a descontos ilegais. Em 2024, o INSS já acumula 2.327 reclamações sobre cobranças indevidas, conforme dados do Ministério Público Federal, pressionando por ações concretas.