Publicado em: 20/04/2025
Descoberta da NASA pode esclarecer o dia da crucificação de Jesus
Uma pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de Oxford, com apoio de dados da NASA, sugere que os fenômenos celestes descritos durante a crucificação de Jesus podem ter base astronômica. Colin Humphreys e W. Graeme Waddington propõem que o escurecimento do sol e a lua avermelhada, mencionados nos Evangelhos, correspondem a um eclipse lunar ocorrido em 3 de abril de 33 d.C., data amplamente associada à morte de Cristo.
Evidências astronômicas e relatos bíblicos
A NASA confirmou, por meio de modelos computacionais, que um eclipse lunar foi visível em Jerusalém naquele dia, causando um efeito de "lua de sangue" — fenômeno em que a luz solar dispersa pela atmosfera terrestre tinge a lua de vermelho. Esse evento coincide com descrições bíblicas, como a do apóstolo Pedro em Atos 2:20: "O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue." Textos extrabíblicos, como o Relatório de Pilatos, também mencionam escuridão e alterações na lua durante a crucificação.
Implicações e debates
A descoberta não prova a narrativa religiosa, mas oferece uma explicação científica para os relatos históricos. Humphreys destaca que a pesquisa "ajuda a conectar eventos astronômicos com descrições antigas", reforçando a plausibilidade da data. Apesar disso, a teoria ainda divide especialistas, já que outros fatores, como tempestades de areia, também poderiam explicar o escurecimento do céu. A discussão continua, mas a correlação entre ciência e tradição abre novas perspectivas sobre um dos eventos mais estudados da história.