Morte Anunciada: Caseiro Grava Vídeo sobre Onças e é Atacado Dias Depois no Pantanal - Pagenews

Morte Anunciada: Caseiro Grava Vídeo sobre Onças e é Atacado Dias Depois no Pantanal

Publicado em: 22/04/2025

Morte Anunciada: Caseiro Grava Vídeo sobre Onças e é Atacado Dias Depois no Pantanal
ouvir notícia
0:00

Um trágico incidente abalou a região do Pantanal, no Mato Grosso do Sul. O caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, perdeu a vida após ser atacado por uma onça-pintada em uma fazenda às margens do rio Miranda, no município de Aquidauana. A Polícia Militar Ambiental (PMA) confirmou a fatalidade e enviou peritos ao local para investigar as circunstâncias do ataque.


Um detalhe ainda mais sombrio emerge dessa história: uma semana antes do ocorrido, Jorge Avalo já havia manifestado seu temor em relação à presença de onças na área onde trabalhava. Em um vídeo gravado por um conhecido, o caseiro aparece ao lado de rastros de dois felinos, que aparentavam ter se envolvido em uma disputa.


Nas imagens, o homem que filma brinca com a situação, dirigindo-se a um terceiro chamado "Dão": "Vou mandar pro Dão. A onça vai comer o Jorge, Dão!". Jorge, em tom de descontração, responde: "Não vai comer, não!". A gravação, que mostra os dois homens seguindo as pegadas dos animais pela propriedade, revela uma familiaridade preocupante com a presença dos predadores na região.


A fatalidade se concretizou na madrugada da última segunda-feira (21), mas a ocorrência só chegou ao conhecimento da PMA por volta das 9h. Ao chegarem ao local, os policiais ambientais encontraram pegadas da onça junto aos restos mortais de Jorge Avalo, confirmando o ataque.


Devido à distância e dificuldade de acesso – a área fica a cerca de duas horas de barco de Miranda – equipes com peritos da PMA foram deslocadas de helicóptero para realizar a perícia e coletar mais informações sobre o ataque. Moradores da região relataram que a presença de onças é relativamente comum no Pantanal, levantando questões sobre a segurança das pessoas que trabalham e vivem próximas a esses animais selvagens. A PMA continua investigando o caso para entender melhor a dinâmica do ataque e quais medidas podem ser tomadas para evitar futuras tragédias.

Mais Lidas