Publicado em: 28/04/2025
Presidente do INSS teve pedido negado pela PF
Operação “Sem Desconto” expõe esquema bilionário e derruba cúpula do INSS
A PF deflagrou a operação em 23 de outubro de 2024, resultando na demissão de Stefanutto e afastamento de diretores. Investigado por omissão, o ex-presidente argumentou que buscou dados para combater irregularidades reportadas pela imprensa, como descontos não autorizados pela Ambec, entidade que retirou R$ 6,3 bilhões de aposentados entre 2019 e 2024.
TCU e CGU já alertavam sobre falhas sistêmicas
Auditoria do TCU em junho de 2024 identificou que parte dos R$ 91 bilhões em descontos não teve autorização dos beneficiários. A CGU, ao analisar 29 entidades, descobriu que 72% não entregaram documentação completa ao INSS, e 11 tiveram pagamentos suspensos. Relatórios apontaram estruturas fantasmas e serviços não prestados, como planos de saúde e auxílio funerário.
Resistência da PF amplia crise de transparência
Em resposta ao INSS, a PF afirmou que não poderia compartilhar dados de investigações estaduais, mesmo com acordos de cooperação. Integrantes do INSS defendem que a negativa enfraquece a acusação de omissão, enquanto a PF sustenta que revelar informações comprometeria investigações sigilosas.
Impacto em milhões de aposentados exige reforma urgente
O caso revela vulnerabilidades que afetam 36 milhões de beneficiários do INSS. Com descontos ilegais perpetuados desde 2016, especialistas cobram digitalização de autorizações e maior rigor na fiscalização de entidades. Enquanto isso, idosos seguem reféns de esquemas que desviam recursos essenciais para a sobrevivência – um alerta para a urgência de proteger direitos previdenciários.