Publicado em: 27/05/2025
Juazeiro do Norte regulamenta prática do "grau" de moto em locais específicos, mas mantém proibição em vias públicas
A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte aprovou por unanimidade, com 15 votos favoráveis, um projeto de lei que regulamenta a prática do "wheeling" ou "grau de moto" na cidade. A proposta, de autoria do vereador Lukão (PSDB), estabelece que a modalidade só poderá ser realizada em locais especialmente destinados para esse fim, com interdição de tráfego, sinalização adequada e supervisão das autoridades. A decisão foi celebrada por praticantes do esporte, mas reforça que a execução de manobras radicais em vias públicas continua proibida e sujeita a penalidades severas.
Regras rígidas buscam equilibrar esporte e segurança no trânsito
De acordo com o projeto, os praticantes deverão utilizar equipamentos de segurança obrigatórios, como capacete, e portar habilitação válida emitida pelo Detran. Além disso, será necessário um cadastro municipal para controle e organização das atividades. O descumprimento das normas, especialmente a realização do "grau" em ruas e avenidas, resultará em suspensão imediata do direito de participar dos eventos regulamentados. A medida visa coibir acidentes e conflitos no trânsito, já que a prática irregular é considerada infração gravíssima pelo CTB, com multa, retenção do veículo e suspensão da CNH.
Prefeitura avalia local adequado enquanto projeto aguarda sanção
O texto agora segue para análise da Procuradoria Geral do Município e, posteriormente, para sanção ou veto do prefeito Glêdson Bezerra (Podemos). Caso aprovado, o Parque de Eventos Padre Cícero surge como possível cenário para a prática esportiva, mas a gestão municipal ainda estuda critérios técnicos e logísticos para a implementação. "A proposta está condicionada a normas de segurança e fiscalização. Reforçamos que a atividade só será permitida em locais adequados e supervisionados", destacou a Prefeitura em nota.
Vereador defende regulamentação como solução para reduzir riscos e conflitos
Lukão, autor do projeto, argumentou que a falta de espaços adequados leva muitos praticantes a optarem por vias públicas, aumentando os riscos de acidentes. "Qualquer esporte fora do seu âmbito se torna irregular. A ideia é oferecer um local seguro, como já foi feito em eventos organizados anteriormente", explicou. A iniciativa tenta conciliar a paixão pelo esporte com a necessidade de ordem no trânsito, um desafio que outras cidades também enfrentam. Se sancionada, a lei poderá servir de modelo para equilibrar liberdade esportiva e segurança pública.