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O silêncio nos grupos: o que a psicologia revela sobre quem não responde

Publicado em: 31/05/2025

O silêncio nos grupos: o que a psicologia revela sobre quem não responde
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O silêncio nos grupos: o que a psicologia revela sobre quem não responde
O celular vibra incessantemente com dezenas de mensagens não respondidas em grupos de WhatsApp - um cenário comum que esconde profundas questões psicológicas. Enquanto alguns membros participam ativamente, outros preferem o silêncio, gerando desde curiosidade até mal-entendidos nas relações digitais. A psicóloga Rebeca Cáceres esclarece que essa postura não representa desinteresse ou falta de educação, mas sim uma complexa combinação de fatores pessoais e contextuais que moldam nossa forma de interagir virtualmente.


Estilos comunicacionais: da extroversão à observação silenciosa
Assim como ocorre nas interações presenciais, os grupos digitais abrigam diferentes perfis: desde os hiperativos que mantêm as conversas vivas até os "leitores silenciosos" que absorvem o conteúdo sem se manifestar. Para pessoas introspectivas ou com rotinas intensas, não responder é frequentemente uma estratégia de autocuidado - uma forma de preservar energia mental, reduzir a ansiedade digital ou simplesmente gerenciar melhor seu tempo e atenção. "Não responder não é falha de caráter, mas escolha pessoal", enfatiza a especialista.


Quando o silêncio vira proteção emocional
A psicologia moderna enxerga com empatia quem opta pelo silêncio nos grupos. Essa postura pode representar um saudável estabelecimento de limites, evitando sobrecarga emocional ou discussões desgastantes. "Optar por não interagir quando não se está preparado é sinal de maturidade emocional", explica Rebeca. O problema surge quando projetamos nossas inseguranças nessas ausências, interpretando-as erroneamente como rejeição pessoal - um equívoco que alimenta conflitos desnecessários em relacionamentos digitais.


Como lidar com os não-respondedores?
A especialista recomenda abordagem direta e empática: em vez de cobranças públicas no grupo, um simples "Tudo bem?" no privado demonstra cuidado genuíno sem constranger. Compreender que o silêncio alheio raramente é pessoal - e muitas vezes reflete apenas cansaço, sobrecarga ou estilo comunicacional diferente - pode transformar nossa experiência nos grupos, tornando as interações digitais mais leves e respeitosas com as individualidades de cada participante.

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