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Por que tantas pessoas estão dizendo “não” a ter filhos

Publicado em: 01/06/2025

Por que tantas pessoas estão dizendo “não” a ter filhos
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Por que tantas pessoas estão dizendo “não” a ter filhos


Antinatalismo: uma filosofia que desafia a tradição


Durante séculos, a procriação foi considerada não apenas natural, mas essencial para a continuidade da espécie humana. Entretanto, o antinatalismo, uma corrente filosófica que questiona o valor intrínseco da vida, propõe que trazer uma nova vida ao mundo pode ser um ato moralmente questionável, especialmente diante do sofrimento inerente à existência. Essa perspectiva tem ganhado espaço em debates contemporâneos, levando muitos a reconsiderar a decisão de ter filhos.


Queda global nas taxas de natalidade


Dados recentes indicam uma tendência de declínio nas taxas de natalidade em diversos países. No Japão, por exemplo, a taxa de fertilidade atingiu um recorde histórico de 1,20 em 2023, conforme dados do Ministério da Saúde . Na Alemanha, a taxa caiu para 1,35 em 2023, representando uma queda significativa em relação aos anos anteriores . Nos Estados Unidos, embora tenha havido um aumento de 1% no número de nascimentos em 2024, o país ainda enfrenta desafios relacionados à natalidade .


Fatores que influenciam a decisão de não ter filhos


Diversos fatores contribuem para a decisão de muitos em não ter filhos. Entre eles, destacam-se preocupações econômicas, como o alto custo de vida e a insegurança financeira; questões ambientais, como as mudanças climáticas; e aspectos sociais, incluindo a falta de apoio a pais e mães, além do peso das responsabilidades parentais. Em países como a Coreia do Sul, movimentos como o 4B têm ganhado destaque, promovendo a rejeição ao casamento e à maternidade como forma de resistência às expectativas sociais tradicionais.


Desafios e perspectivas futuras


A tendência de declínio nas taxas de natalidade apresenta desafios significativos para as sociedades contemporâneas, incluindo o envelhecimento populacional e a sustentabilidade dos sistemas de previdência social. Governos têm buscado implementar políticas para incentivar a natalidade, como subsídios financeiros e apoio à parentalidade. No entanto, essas medidas muitas vezes não abordam as preocupações mais profundas que levam as pessoas a optar por não ter filhos. A discussão sobre o antinatalismo e a decisão de não procriar continua a ser um tema relevante e complexo, refletindo as mudanças nos valores e nas prioridades das sociedades modernas.

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