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Quando o Medo Veste a Roupa do Amor: A Ansiedade Nociva Dentro do Relacionamento

Publicado em: 16/04/2025

Quando o Medo Veste a Roupa do Amor: A Ansiedade Nociva Dentro do Relacionamento
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Quando o Medo Veste a Roupa do Amor: A Ansiedade Nociva Dentro do Relacionamento, Segundo a Psicoterapeuta Mariana de Azevedo


Em um relacionamento, o amor e o apoio mútuo deveriam ser um porto seguro, um alicerce para enfrentar os desafios da vida. No entanto, para alguns casais, a dinâmica da relação pode se tornar, ironicamente, uma fonte significativa de ansiedade e sofrimento psicológico. A tênue linha entre a preocupação genuína e o controle sufocante, entre a necessidade de segurança e a dependência paralisante, pode se romper, transformando o convívio em um terreno minado para a saúde mental.


O Page News conversou com a psicoterapeuta de casal Mariana de Azevedo, que oferece insights valiosos sobre como a ansiedade pode surgir e se manifestar dentro de um relacionamento, além de orientações sobre o que fazer e evitar.


O Que Desencadeia a Ansiedade na Relação?


Segundo Mariana de Azevedo, diversos comportamentos e dinâmicas dentro de um relacionamento podem semear a ansiedade em um ou ambos os parceiros:



  • Insegurança e Medo do Abandono: "Um dos maiores gatilhos é a insegurança quanto ao amor e à permanência do parceiro. Medos de rejeição, traição ou abandono levam a comportamentos de busca constante por validação e ciúme", explica a psicoterapeuta.

  • Comunicação Deficiente: "A falta de comunicação clara e honesta cria um ambiente de tensão e incerteza. O silêncio e a evitação de conversas importantes são grandes vilões", afirma Mariana.

  • Comportamentos Controladores: "Tentativas de controlar o parceiro geram um profundo sentimento de aprisionamento e ansiedade. A perda de autonomia é devastadora para a saúde mental", alerta a especialista.

  • Críticas Constantes e Desvalorização: "Um ambiente de críticas frequentes mina a autoconfiança e gera ansiedade sobre a própria inadequação e o futuro da relação", pontua Azevedo.

  • Inconsistência e Imprevisibilidade: "A falta de previsibilidade no comportamento do parceiro cria um estado de alerta constante e ansiedade sobre o que esperar", diz a psicoterapeuta.

  • Gatilhos Emocionais: "Experiências passadas podem ser reativadas por situações no relacionamento atual, desencadeando crises de ansiedade", complementa.


O Impacto Destrutivo: O Que um Faz ao Outro


Para Mariana de Azevedo, as ações de um parceiro podem ter um impacto profundo na saúde mental do outro:



  • O Silêncio: "O silêncio punitivo gera intensa ansiedade, fazendo o parceiro se sentir ignorado e impotente", explica.

  • Gatilhos: "Palavras ou situações que lembram traumas passados podem desencadear reações de ansiedade", afirma a especialista.

  • Comportamentos de Controle: "A falta de liberdade e a vigilância constante levam a um estado de ansiedade crônica", alerta.

  • Críticas e Humilhações: "A desvalorização constante mina a autoestima e pode levar à ansiedade social e depressão", pontua Azevedo.

  • Manipulação e Jogo Emocional: "Táticas manipuladoras destroem a confiança e geram profunda ansiedade e confusão", diz a psicoterapeuta.


O Que Fazer e o Que Não Fazer, Segundo a Especialista:


Mariana de Azevedo oferece orientações cruciais:


O Que Fazer:



  • Comunicação Aberta e Honesta: "Criar um espaço seguro para expressar sentimentos e necessidades é fundamental", enfatiza.

  • Empatia e Validação: "Tentar entender e validar os sentimentos do outro, mesmo sem concordar, fortalece a relação", diz.

  • Estabelecer Limites Saudáveis: "Definir o que é aceitável protege o bem-estar individual", afirma a psicoterapeuta.

  • Buscar Ajuda Profissional: "A terapia de casal ou individual oferece ferramentas para lidar com a ansiedade e melhorar a dinâmica", recomenda.

  • Foco no Autocuidado: "Priorizar o bem-estar individual é essencial para ambos", pontua.

  • Construir Confiança: "Atitudes consistentes e honestidade são a base", diz Azevedo.


O Que Não Fazer:



  • Ignorar ou Minimizar os Sentimentos: "Desconsiderar a ansiedade do outro só agrava a situação", alerta.

  • Usar o Silêncio como Punição: "O silêncio é uma forma destrutiva de manipulação", afirma.

  • Ser Controlador ou Excessivamente Dependente: "Buscar um equilíbrio é crucial", diz a especialista.

  • Criticar ou Culpar Constantemente: "Um ambiente de acusação aumenta a ansiedade", pontua.

  • Fazer Jogos Emocionais: "Manipulação mina a confiança e a segurança", alerta.

  • Evitar Conversas Difíceis: "Adiar problemas só piora a situação", diz Azevedo.


Para a psicoterapeuta Mariana de Azevedo, reconhecer os sinais de ansiedade no relacionamento e buscar formas construtivas de comunicação e apoio é essencial. A ajuda profissional pode ser um caminho valioso para transformar dinâmicas nocivas e construir um relacionamento mais saudável e seguro para ambos os parceiros.

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