Ancelotti estreia com empate tenso contra forte Equador

Ancelotti estreia com empate tenso contra forte Equador
Em sua estreia à frente da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti enfrentou a dura realidade do futebol sul-americano: um combativo Equador, 2º colocado nas Eliminatórias, segurou o Brasil em um jogo truncado e sem gols (0-0) em Guayaquil. O resultado mantém a equipe na 4ª posição do grupo, com 22 pontos, mas pressionada pela Colômbia.

Realidade além da euforia inicial
Aclamado desde sua chegada ao Brasil, Ancelotti precisou lidar com uma fase complexa da seleção. Diante de um adversário bem-organizado por Sebastián Beccacece, o Brasil mostrou solidez defensiva, mas falhou criativamente. O técnico italiano optou por um 4-1-4-1 compacto, priorizando contenção sobre a exuberância ofensiva típica do futebol brasileiro.

Táticas e dificuldades em campo
A formação buscou segurança com Alisson no gol e linha de três (Marquinhos, Alexsandro e Alex Sandro) na saída. Vanderson e Vinicius Jr. abriam as alas, enquanto Estêvão tentava aproximar-se de Richarlison. A estratégia, porém, esbarrou na pressão equatoriana: o time teve apenas uma chance clara no 1º tempo (finalização travada de Vini Jr.) e sofreu com erros de passe. No 2º tempo, a substituição de Richarlison e Estêvão (por Matheus Cunha e Martinelli) não resolveu o bloqueio criativo.

Momento decisivo e panorama preocupante
A única oportunidade real veio aos 65’: Casemiro chutou perigosamente após assistência de Vini Jr., mas não concretizou. Com o passar dos minutos, prevaleceu a cautela de ambos os lados. O empate reflete um Brasil ainda em transição: firme na marcação (0 finalizações perigosas sofridas no 2º tempo), mas limitado na construção – sintoma da crise de identidade pós-Copa.

Classificação atual e próximos desafios

Escalações
Equador: Galíndez; Ordóñez, Pacho, Hincapié, Estupiñán; Vite, Alan Franco, Caicedo, Yeboah (Kevin Rodríguez); Minda (Preciado), Angulo (Medina).
Brasil: Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alexsandro, Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães (Andreas Pereira), Gerson (Andrey Santos); Estêvão (Martinelli), Richarlison (Matheus Cunha), Vinicius Jr.

O resultado evidencia que a reconstrução de Ancelotti exigirá mais que entusiasmo: é preciso encontrar um equilíbrio entre pragmatismo e o DNA ofensivo brasileiro para reconquistar a hegemonia na CONMEBOL.