Doce Descuido, Amarga Consequência. Cliente Fratura Joelho em Poça de Sorvete em Shopping de Fortaleza e Recebe Indenização Milionária

Um deslize em uma poça de sorvete transformou um passeio rotineiro em um pesadelo para uma cliente em um shopping de Fortaleza. A vítima, que fraturou o joelho no incidente ocorrido em abril de 2022, agora receberá uma indenização de R$ 21,3 mil do estabelecimento, conforme decisão da 16ª Unidade dos Juizados Especiais Cíveis da Comarca da Capital, proferida na última segunda-feira (10).

Doce Descuido, Amarga Consequência

O acidente, que resultou na fratura da patela do joelho da cliente, causou dores intensas e dificuldades de locomoção. Apesar do atendimento inicial no local, a vítima precisou de repouso prolongado, fisioterapia, cirurgia e até mesmo contratar uma cuidadora. Indignada com a falta de sinalização do sorvete derramado, a mulher acionou a Justiça para buscar reparação pelos danos materiais e morais sofridos.

A juíza Antonia Dilce Rodrigues Feijão, responsável pelo caso, condenou o shopping por não apresentar provas de que havia sinalização adequada sobre o sorvete no chão. A decisão judicial determinou o pagamento de R$ 11,3 mil por danos materiais e R$ 10 mil por danos morais.

"Ficou comprovado que o incidente ocorreu devido à responsabilidade do shopping, que falhou em sinalizar adequadamente que o pavimento estava molhado e escorregadio, não cumprindo seu dever de fornecer informações claras e completas. Tal omissão comprometeu a segurança e a integridade dos clientes, que deveriam ser protegidos em suas condições de segurança", declarou a magistrada.

Shopping se Defende, Mas Justiça Bate o Martelo

Em nota, o Iguatemi Bosque, shopping onde ocorreu o acidente, informou que prestou assistência à cliente e que está acompanhando a ação judicial. O estabelecimento alegou que a vítima não entrou em contato após o acidente e que não há comprovação de que a fratura foi causada pela queda. O shopping também defendeu que medidas de segurança foram tomadas, mas que a cliente assumiu o risco ao transitar pelo local sem cautela.

Apesar da defesa do shopping, a Justiça do Ceará manteve a decisão, reforçando a importância da segurança e da responsabilidade dos estabelecimentos comerciais em garantir a integridade de seus clientes.