Publicado em: 16/04/2025
A Justiça do Ceará mira os responsáveis pela morte de João Victor Penha, o jovem de 23 anos que perdeu a vida após participar de um evento clandestino de luta, o "UFC Jeri", realizado em outubro de 2023 em Jijoca de Jericoacoara. Nesta terça-feira (15), o Ministério Público do estado formalizou a denúncia por homicídio culposo contra dois organizadores do evento e o então secretário de Esportes do município.
A investigação aponta que a parada cardiorrespiratória fatal sofrida por João Victor foi consequência direta de um traumatismo craniano, resultado dos golpes recebidos durante o combate no ringue improvisado. O evento, que não possuía as devidas licenças e medidas de segurança, culminou na hospitalização do jovem em Sobral no dia seguinte à luta, 7 de outubro. Dois dias depois, a notícia da sua morte abalou a comunidade.
A denúncia do Ministério Público levanta um debate crucial sobre a responsabilidade de organizadores e autoridades na realização de eventos esportivos, especialmente aqueles que envolvem riscos à integridade física dos participantes. A falta de regulamentação e fiscalização de eventos como o "UFC Jeri" expõe a fragilidade da segurança e as graves consequências que podem advir da negligência.
Este caso serve como um alerta sobre os perigos de se promover e participar de competições esportivas informais, sem a supervisão e os protocolos de segurança adequados. A busca por justiça para João Victor Penha reacende a discussão sobre a necessidade de um controle mais rigoroso e da responsabilização em eventos que colocam em risco a vida dos atletas. A sociedade aguarda os próximos passos da investigação e o desenrolar deste caso que choca o cenário esportivo cearense.