Publicado em: 31/03/2025
São Paulo, SP-
Uma proposta legislativa que busca alterar o Código Civil brasileiro tem gerado intensas discussões no Congresso Nacional e entre especialistas em Direito de Família. A medida propõe a inclusão das sogras no rol de pessoas que podem requerer pensão alimentícia, levantando questionamentos sobre os limites das responsabilidades familiares e a proteção dos idosos.
A proposta em detalhes:
A proposta em questão visa modificar o artigo 1.694 do Código Civil, que atualmente estabelece que parentes, cônjuges ou companheiros podem solicitar pensão alimentícia uns aos outros em caso de necessidade. A mudança proposta estenderia esse direito aos sogros, permitindo que eles acionem seus genros ou noras na Justiça para obter auxílio financeiro.
Argumentos em defesa da proposta:
Os defensores da medida argumentam que ela visa garantir a proteção de sogras em situação de vulnerabilidade, especialmente quando dependiam financeiramente de seus filhos falecidos. Eles defendem que o vínculo familiar e a responsabilidade afetiva justificam a extensão do direito à pensão, equiparando sogras a outros parentes que já possuem esse direito.
Argumentos contrários à proposta e a questão da pensão "para sempre":
Os críticos da proposta expressam preocupação com a possibilidade de gerar insegurança jurídica e abrir um precedente perigoso. Eles argumentam que a obrigação de sustento deve se limitar aos parentes de primeiro grau, como cônjuges e filhos, evitando sobrecarregar genros e noras com responsabilidades financeiras excessivas. Além disso, levantam a questão de que, uma vez concedida, a pensão para a sogra poderia se tornar uma obrigação "para sempre", mesmo em situações em que a condição financeira do genro ou nora se altere.
O debate em curso e o futuro da proposta:
A proposta ainda está em fase de tramitação no Congresso Nacional, e a expectativa é que o debate se intensifique nos próximos meses. A sociedade brasileira acompanha atentamente os desdobramentos dessa questão, que tem o potencial de transformar as relações familiares e o direito à pensão no país.