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Fortaleza, Ceará. A praticidade de ter ibuprofeno e paracetamol na farmacinha de casa e recorrer a eles diante de qualquer desconforto pode parecer uma solução rápida e inofensiva. No entanto, esse hábito comum merece um olhar mais atento. Em entrevista ao renomado jornal La Vanguardia, o médico de família Fernando Fabiani fez um alerta importante sobre o uso indiscriminado desses medicamentos, ressaltando que, apesar de aliviarem os sintomas, eles não possuem efeito curativo.
Alívio Não é Cura: A Ilusão dos Analgésicos:
- Atenuação, Não Solução: "Nem o ibuprofeno nem o paracetamol são tratamentos que curam doenças. Eles apenas amenizam os sintomas", explica categoricamente o especialista. Essa distinção fundamental muitas vezes passa despercebida no dia a dia.
- Diagnóstico Ignorado: Segundo o Dr. Fabiani, é uma prática comum que as pessoas recorram a esses medicamentos para diversas queixas, sem se preocuparem em buscar um diagnóstico preciso ou identificar a causa real de seus sintomas. Essa automedicação pode ser perigosa, pois mascara condições subjacentes que necessitam de tratamento específico.
Gripe Sob Controle? A Realidade por Trás do Alívio:
- Febre e Dor Amenizadas: O médico utiliza o exemplo corriqueiro dos quadros de gripe para ilustrar seu ponto. "Esses medicamentos ajudam a reduzir a febre, aliviam dores musculares e de cabeça, mas não tratam o vírus em si. O corpo ainda precisará de tempo para se recuperar naturalmente", esclarece.
- Tempo de Recuperação: Mesmo com o alívio proporcionado pelos analgésicos, o organismo continua lutando contra o agente infeccioso. A sensação de melhora não significa que a doença desapareceu, apenas que seus sintomas estão temporariamente controlados.
A Pergunta Crucial: A Real Necessidade do Remédio:
- Reflexão Antes da Pílula: O Dr. Fabiani enfatiza a importância de uma reflexão consciente antes de ingerir qualquer medicamento por conta própria. "A pergunta principal que você deve se fazer é: esse remédio é realmente necessário para mim neste momento?", conclui o especialista.
- Autoconsciência e Saúde: Essa simples pergunta pode evitar o uso desnecessário de medicamentos e incentivar a busca por outras formas de alívio ou pela identificação da causa do desconforto.
Orientação Médica: O Caminho Seguro:
- Dúvidas, Persistência, Agravamento: A recomendação médica é unânime: em caso de dúvidas sobre a necessidade de um medicamento, se os sintomas persistirem por mais tempo do que o esperado ou se houver um agravamento do quadro, a busca por orientação médica é imprescindível.
- Risco da Automedicação: A automedicação pode ter consequências sérias. Além de mascarar doenças mais graves, atrasando o tratamento adequado e permitindo que a condição se agrave, o uso inadequado de medicamentos pode levar a efeitos colaterais, interações medicamentosas perigosas e até mesmo dependência.
Portanto, a mensagem é clara: ibuprofeno e paracetamol são aliados valiosos para o alívio sintomático, mas não substituem a consulta médica e o tratamento da causa raiz do problema. A automedicação, embora pareça prática, pode ser um caminho arriscado para a sua saúde. Priorize a informação e a orientação profissional para cuidar do seu bem-estar de forma segura e eficaz.
