Forever: Dieta como alicerce da longevidade ganha urgência global

Dieta como alicerce da longevidade ganha urgência global
A morte de Inah Canabarro Lucas, brasileira de 116 anos reconhecida como uma das pessoas mais velhas do mundo, reacende o debate sobre os pilares de uma vida longeva. Entre eles, a alimentação surge como fator decisivo, segundo especialistas. Ana Luzón, dietista entrevistada pelo HuffPost, aponta que padrões alimentares de regiões como Okinawa (Japão), Sardenha (Itália) e Icária (Grécia) — as "zonas azuis" — oferecem lições valiosas para aumentar a expectativa de vida com qualidade.

Alimentos que desafiam o tempo: o cardápio dos centenários
Luzón destaca quatro grupos essenciais na dieta das populações com maior longevidade: leguminosas e vegetais variados, ricos em antioxidantes e fibras; frutas frescas e oleaginosas, fontes de gorduras boas e magnésio; grãos integrais e peixes, aliados na prevenção de doenças crônicas; e azeite de oliva, com ação anti-inflamatória comprovada. Esses alimentos, combinados, combatem o envelhecimento celular e reduzem riscos de demência, diabetes e problemas cardiovasculares.

Mais que comida: estilo de vida como projeto coletivo
A especialista ressalta que a alimentação é apenas um dos pilares. Atividades físicas regulares, convívio social e gestão do estresse completam a equação da longevidade. "Não se trata apenas de viver mais, mas de envelhecer com autonomia e saúde", afirma. Com o aumento global de doenças crônicas — responsáveis por 74% das mortes no mundo, segundo a OMS —, adotar esses hábitos deixou de ser uma escolha para se tornar uma necessidade urgente. A receita dos centenários, portanto, é um chamado à ação: repensar o prato é investir em décadas de vida.