Anos 50. A queda das Refeições a Bordo: Do Luxo à Eficiência - Pagenews

Anos 50. A queda das Refeições a Bordo: Do Luxo à Eficiência

Publicado em: 30/03/2025

Anos 50. A queda das Refeições a Bordo: Do Luxo à Eficiência
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A Queda das Refeições a Bordo: Do Luxo à Eficiência
Na era de ouro da aviação (décadas de 1950 a 1970), refeições em voos comerciais incluíam lagosta termidor, caviar e até churrasco preparado por chefs a bordo — um cenário inimaginável hoje. Atualmente, 78% dos passageiros de classe econômica consideram as opções atuais "genéricas" ou "insatisfatórias", segundo pesquisa da Airline Quality (2023). Apenas na primeira classe de companhias como Emirates ou Singapore Airlines persiste um resquício desse luxo.


Fatores por Trás da Transformação: Custos e Logística
A redução drástica na qualidade está ligada à pressão por eficiência. Dados da IATA revelam que, desde 2000, as companhias cortaram 62% dos custos com alimentação para priorizar tarifas competitivas. A logística também desafia: em voos comerciais, alimentos precisam ser recozidos a 12 mil metros de altitude, onde o paladar humano perde até 30% da sensibilidade, exigindo temperos intensos que mascaram sabores.


Sinais de Renovação em Classes Premium
Enquanto a economia prioriza lanches pré-embalados, algumas empresas resgatam a sofisticação limitadamente. A Air France reintroduziu menus assinados por estrelas Michelin em rotas intercontinentais, e a japonesa ANA oferece sushi de peixe fresco em voos domésticos. Mesmo assim, apenas 12% das rotas globais têm opções gourmet, conforme o Relatório Skytrax 2024.


Nostalgia Versus Realidade Moderna
Apesar do charme histórico, especialistas apontam que a democratização das viagens exige escolhas pragmáticas. Para 89% dos passageiros, segundo a Pesquisa Global de Viagens, preço baixo supera refeições elaboradas. O futuro pode equilibrar os extremos: startups como a AirFood testam kits premium sob demanda, mas a era dos jantares com talheres de prata parece relegada aos álbuns de memórias.

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