Publicado em: 23/03/2025
"Cabeça de bacalhau: o maior mistério do Brasil (mais difícil que achar Wi-Fi no interior)"
Se você já se perguntou por que a cabeça do bacalhau é mais rara que um celular sem notificação de dívida, a ciência explica: o Gadus morhua (o "verdadeiro" bacalhau) não existe no Brasil. Ele é importado já sem cabeça, porque, segundo os processadores, a parte nobre do peixe é tão comercialmente relevante quanto um guarda-chuva no deserto. Detalhe: a cabeça atrapalha o processo de salga, e ninguém quer pagar mais caro por um item que, no final, só serviria para assustar a visita.
Para ver uma cabeça de bacalhau ao vivo, suas opções são:
Virar influencer e ganhar uma viagem paga para a Noruega;
Convencer um biólogo a te mostrar fotos do "peixe-fantasma" (que, aliás, é o novo crush da Geração Z no Tinder);
Aceitar que, no Brasil, bacalhau sem cabeça é como pão de queijo sem queijo: uma realidade triste, mas que a gente engole.
Dados quentinhos (ou melhor, salgadinhos):
Em 2023, o Brasil importou 23 mil toneladas de bacalhau (todo decapitado), gastando o equivalente a 12 anos de aluguel de um apartamento em São Paulo;
O Gadus morhua legítimo pode custar até R$ 200 o quilo, valor que explica por que ele só aparece em datas comemorativas, junto com a tia que critica seu corte de cabelo.
E para os fãs de true crime que ainda sonham em encontrar a cabeça perdida: os outros "bacalhaus" do mercado (Saithe, Ling e Zarbo) são basicamente cover bands do peixe original. Eles até tentam, mas não enganam o paladar de quem já foi enganado pelo primo que "emprestou" seu nome no Serasa.
Conclusão: Enquanto a Geração Z luta para pagar um studio de 15m², o bacalhau verdadeiro vive sua melhor vida nos mares gelados, rindo da nossa cara (com ou sem cabeça).