Publicado em: 28/04/2025
Cruz Vermelha alerta: Gaza vive "novo inferno" após escalada da guerra
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) descreveu a retomada dos ataques em Gaza como um "novo inferno", com o diretor-geral Pierre Krähenbühl destacando mortes, deslocamentos em massa, fome e negação de ajuda humanitária. A declaração ocorreu durante uma conferência em Doha, no Catar, nesta segunda-feira (28), reforçando o alerta sobre a deterioração catastrófica das condições no território.
Conflito Israel-Hamas completa 18 meses com violência recorde
A guerra entre Israel e o Hamas, iniciada em 7 de outubro de 2023, entrou em seu 18º mês com ofensivas intensificadas. Após uma trégua de quase dois meses no início do ano, Israel retomou os ataques em Gaza em 18 de março. Krähenbühl criticou o ciclo de esperança e desespero: "O cessar-fogo fez civis acreditarem que haviam sobrevivido ao pior, mas o inferno recomeçou".
Civis em Gaza enfrentam amputações, fome e desaparecimentos
Relatos do CICV detalham consequências brutais: famílias separadas, amputações sem anestesia e desaparecimentos em meio aos escombros. A ONU confirma que a crise atual é a mais grave desde o início da guerra, com bloqueios israelenses impedindo a entrada de 90% dos suprimentos médicos e alimentos essenciais. Mais de 1,5 milhão de pessoas dependem de ajuda emergencial para sobreviver.
Hamas propõe trégua de 5 anos; ONU pressiona por acesso humanitário
No domingo (27), o Hamas sinalizou disposição para negociar um cessar-fogo total, incluindo a libertação de todos reféns e uma trégua de cinco anos. Enquanto isso, a ONU exige o fim imediato do bloqueio a Gaza, alertando que a falta de água potável e medicamentos já elevou as taxas de mortalidade infantil em 300%. A comunidade internacional cobra urgência, mas as negociações permanecem estagnadas diante da escalada militar.
Crise em Gaza redefine limites da catástrofe humanitária
O território palestino enfrenta colapso sistêmico: hospitais sem energia, escolas transformadas em abrigos superlotados e uma geração traumatizada pela guerra. Krähenbühl resumiu: "Gaza não é só um conflito. É a negação da humanidade". Com a guerra custando mais de 45 mil vidas até maio de 2024, a pressão por uma solução duradoura se torna inadiável.