Publicado em: 11/05/2025
Eleição do novo Papa reacende teorias apocalípticas e debate sobre simbolismo bíblico
A escolha do nome Leão XIV pelo novo Papa, o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, gerou uma onda de especulações nas redes sociais, ligando sua eleição a profecias do livro de Apocalipse. O capítulo 13, que descreve uma besta com "boca de leão", foi associado ao nome papal, alimentando teorias sobre uma suposta conexão com o fim dos tempos. Discussões recentes destacam como a simbologia religiosa ainda influencia interpretações contemporâneas, mesmo em contextos distantes da escrita original do texto sagrado.
Número 14 e origem geográfica do Papa ampliam controvérsias
Além do nome, o numeral XIV adotado pelo Pontífice foi vinculado ao capítulo 13 do Apocalipse, frequentemente relacionado ao Anticristo e ao apocalipse. A eleição do primeiro Papa dos Estados Unidos, nação vista como o maior poder político global, intensificou paralelos com a descrição bíblica da união entre as "duas bestas" (política e religiosa). Essa narrativa ganhou força em fóruns online, onde usuários destacam supostas "coincidências" históricas, como a menção ao "oitavo rei" no capítulo 17 do mesmo livro.
Conexão com o "oitavo rei" e raízes históricas das profecias
Leão XIV é o oitavo Papa eleito desde a criação do Estado do Vaticano em 1929, detalhe que alguns associam à profecia do "oitavo rei" em Apocalipse 17. Especialistas, porém, ressaltam que o texto foi escrito no século 1 como crítica ao imperador Nero e ao poder romano, não como previsão literal. Teólogos argumentam que interpretações literais ignoram contextos históricos e simbólicos, reforçando que o Apocalipse usa metáforas para resistência à opressão, não como manual de eventos futuros.
Renovação da Igreja x alarmismo nas redes sociais
Enquanto teorias ganham espaço online, a eleição de Leão XIV é vista por fiéis como um passo para modernizar a Igreja Católica, com foco em desafios atuais como crise climática e desigualdade. A Santa Sé ainda não se pronunciou sobre as especulações, mantendo o discurso oficial em temas pastorais e sociais. O episódio revela o duplo impacto da figura papal: símbolo de esperança para milhões e catalisador de narrativas que misturam fé, política e medo do desconhecido.