Guerra Tarifária: Trump Aposta na Riqueza dos EUA, Enquanto Brasil Busca Oportunidade

Guerra Tarifária: Trump Aposta na Riqueza dos EUA, Enquanto Brasil Busca Oportunidade

Em meio à escalada das tensões comerciais globais, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (4) que o país vive um "ótimo momento para ficar rico, mais rico do que nunca". A declaração, feita na plataforma Truth Social, surge após o anúncio de tarifas recíprocas sobre importações, que impactaram negativamente os mercados financeiros.

Tarifas e Impacto Global:

As novas tarifas de Trump, que taxam produtos brasileiros em 10%, enquanto outros países como Vietnã (46%) e China (34%) enfrentam taxas mais altas, geraram preocupação global. No entanto, um estudo exclusivo da FecomércioSP aponta que o Brasil pode se beneficiar se adotar uma postura oposta, reduzindo suas tarifas de importação.

Oportunidade para o Brasil:

Segundo Thiago Carvalho, assessor econômico da Fecomércio, a abertura comercial brasileira atrairia investimentos, reduziria custos de matérias-primas e modernizaria o parque fabril. A medida também permitiria que consumidores tivessem acesso a novas marcas, atualmente restritas no país.

Recomendações da Fecomércio:

A Fecomércio defende a redução das tarifas sobre bens de capital e de informática e telecomunicações para 4%, alinhando-se à média global. O órgão também propõe a extinção do AFRMM (Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante), que encarece o frete marítimo.

Desafios e Oportunidades:

Apesar dos benefícios potenciais, a redução tarifária pode impactar negativamente alguns setores industriais brasileiros. No entanto, a Fecomércio argumenta que a abertura comercial é essencial para inserir o Brasil nas cadeias globais de valor e impulsionar o crescimento econômico.

Guerra Comercial e o Futuro:

Ainda é incerto como a guerra tarifária de Trump se desenrolará. No entanto, a Fecomércio acredita que o Brasil pode transformar a crise em oportunidade, adotando medidas que promovam a abertura comercial e a competitividade.