Publicado em: 18/04/2025
A escalada de tensões no Mar Vermelho atingiu um novo patamar na noite de quinta-feira (17), com um ataque aéreo dos Estados Unidos mirando o estratégico porto petrolífero de Ras Isa, no oeste do Iêmen, controlado pelo grupo rebelde houthi. A emissora Al Masirah TV, voz dos houthis, reportou um saldo trágico de ao menos 58 mortos e 126 feridos.
O Comando Central dos EUA (CENTCOM) confirmou a operação, justificando-a como uma ação para neutralizar uma crucial fonte de combustível utilizada pelos rebeldes para financiar suas atividades militares e o que classificam como "terrorismo".
Segundo a agência Reuters, este é considerado um dos episódios mais sangrentos desde que Washington intensificou seus ataques contra os houthis – aliados do Irã – em resposta aos repetidos ataques do grupo a navios mercantes no Mar Vermelho, uma retaliação ao cerco israelense à Faixa de Gaza. Sob ordens do presidente Donald Trump, os bombardeios norte-americanos têm se tornado uma constante desde meados de março.
Em comunicado divulgado no X (antigo Twitter), o CENTCOM declarou que o objetivo do ataque foi "enfraquecer a fonte de poder econômico dos houthis", acusando o grupo de explorar a população iemenita. A reação dos rebeldes não tardou: classificaram o ataque como uma flagrante violação da soberania nacional e prometeram uma resposta contundente. A região observa com apreensão os próximos capítulos desse conflito que se intensifica no coração do Oriente Médio.