Maduro acende alerta com insultos a líder dos EUA

Crise Geopolítica: Maduro acende alerta com insultos a líder dos EUA
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chamou o senador Marco Rubio de "imbecil" em discurso público, reagindo às declarações do americano sobre a disputa pela região do Essequibo, rica em petróleo. A tensão surge em meio a dados da OPEP que apontam reservas de 11,2 bilhões de barris na área – alvo de conflito histórico entre Venezuela e Guiana desde 1899.

Ameaças militares e o risco de escalada
Rubio, vice-presidente do Comitê de Inteligência do Senado dos EUA, alertou que "opções militares estão na mesa" caso a Venezuela avance sobre o território guianense. A Guiana, que ampliou sua produção de petróleo para 645 mil barris/dia em 2024 com a ExxonMobil, teme por sua soberania. O secretário de Estado Antony Blinken reforçou: "Qualquer ação militar terá consequências severas".

Essequibo: o tabuleiro econômico em jogo
Controlar 160 mil km² do Essequibo significaria à Venezuela acesso a recursos que poderiam reerguer sua economia, hoje com inflação de 189% (BCV, abril/2024). Já a Guiana, que teve crescimento de 34% no PIB em 2023 graças ao petróleo, vê a região como vital para se tornar potência energética. A Corte Internacional de Justiça (CIJ) tenta mediar o conflito desde 2020, sem avanços.

O Brasil na corda bamba diplomática
Enquanto os EUA fortalecem laços com a Guiana, o Brasil monitora a fronteira norte com tropas. Dados do Ministério da Defesa revelam aumento de 40% no efetivo em Roraima desde janeiro, temendo fluxo de refugiados em caso de conflito. Para Maduro, a retórica belicista busca desviar atenção da crise interna: 82% da população rejeita seu governo (Encovi, 2023).

Um risco para a estabilidade continental
A Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou reunião de emergência para esta sexta-feira (28). Enquanto isso, analistas alertam: o Essequibo não é só uma disputa territorial, mas um teste à ordem global em um mundo faminto por energia. A pergunta que paira: até onde irá a escalada de palavras antes que ações irreversíveis ocorram?