Publicado em: 28/05/2025
Musk expressa decepção com plano fiscal de Trump e alerta para impacto no déficit
O bilionário Elon Musk declarou publicamente sua insatisfação com o projeto de lei fiscal proposto pelo presidente Donald Trump, destacando que a medida amplia o déficit orçamentário e eleva os gastos públicos. Musk, que atuou como conselheiro especial de Trump no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), classificou a proposta como preocupante, especialmente em um momento em que a dívida pública dos EUA já ultrapassa US$ 34 trilhões – patamar recorde que pressiona a economia do país.
Críticas ao projeto e tensões no Congresso
Em entrevista ao programa CBS Sunday Morning, Musk afirmou: "Francamente, fiquei decepcionado ao ver o enorme projeto de lei de despesas, que aumenta o déficit e prejudica o trabalho da equipe do DOGE." O plano, aprovado pela Câmara dos Representantes, prevê cortes de impostos de US$ 4,5 trilhões, mas sem compensações suficientes, o que pode agravar o desequilíbrio fiscal. Apesar da resistência de alguns republicanos, que pediam reduções mais profundas, a proposta segue para o Senado, onde enfrenta resistência mesmo com a maioria conservadora.
Consequências sociais e políticas em jogo
O projeto busca estender benefícios fiscais do primeiro mandato de Trump e incluir novos incentivos, além de ampliar verbas para a política de imigração restritiva. Porém, para equilibrar as contas, propõe cortes em programas sociais, como assistência e seguridade social – medida que pode afetar milhões de cidadãos. Musk, que já foi um aliado próximo de Trump, distanciou-se do DOGE após críticas à gestão, que resultou em demissões em massa e redução de operações governamentais. Sua fala reforça a divisão entre setores que priorizam ajustes fiscais e os que defendem estímulos a qualquer custo.
O desafio fiscal e os riscos para a economia
Analistas apontam que, sem medidas de compensação, o aumento do déficit pode elevar a inflação e os juros no médio prazo, impactando investimentos e consumo. Enquanto Trump defende o plano como vital para o crescimento, vozes como a de Musk alertam para os riscos de um endividamento insustentável. O desfecho no Senado definirá não apenas o futuro da proposta, mas também o tom da política econômica americana em um ano eleitoral marcado por polarizações.