Raridade: Tubarão laranja e albino fascina cientistas na Costa Rica - Pagenews

Raridade: Tubarão laranja e albino fascina cientistas na Costa Rica

Publicado em: 19/08/2025

Raridade: Tubarão laranja e albino fascina cientistas na Costa Rica
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Uma expedição de pesca na Costa Rica, organizada pela empresa Parismina Domus Dei, fez uma descoberta que está redefinindo o que se sabe sobre a genética de tubarões. Em meio às águas azuis, foi avistado um tubarão-lixa de quase dois metros, mas com uma característica surpreendente: sua pele tinha uma coloração laranja intensa, completamente fora do padrão de sua espécie.


O registro, feito em agosto do ano passado, ganhou repercussão após a publicação de um estudo por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande, que desvendaram o mistério por trás da tonalidade incomum do animal. Segundo os cientistas, o tubarão apresenta uma condição genética extremamente rara chamada xantismo, que causa um excesso de pigmentação amarela ou dourada na pele. Essa condição já havia sido identificada em outros peixes e répteis, mas nunca em tubarões.


Além do xantismo, os pesquisadores notaram uma característica ainda mais rara: o tubarão também tem albinismo, uma condição que causa a ausência de melanina. As imagens revelam seus olhos brancos, um traço inconfundível do albinismo. A combinação dessas duas condições genéticas faz deste exemplar um caso único no mundo.


Animais com cores tão chamativas geralmente enfrentam grandes desafios para sobreviver, já que sua camuflagem fica comprometida, tornando-os alvos mais fáceis para predadores e dificultando a caça de suas presas. A cor marrom comum dos tubarões-lixa adultos os ajuda a se misturar ao ambiente marinho, mas o brilho alaranjado deste exemplar deveria, em tese, comprometer sua vida.


No entanto, o fato de o tubarão ter alcançado quase dois metros de comprimento prova que ele conseguiu superar esses obstáculos. Sua sobrevivência intriga a comunidade científica, que agora se pergunta se essa raridade genética pode ter alguma vantagem adaptativa ou se o animal é apenas um sortudo que desafiou as estatísticas. A descoberta levanta novas questões sobre a genética marinha e a resiliência de espécies que habitam o fundo do mar.

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