Publicado em: 30/05/2025
Rússia criminaliza comparações entre Putin e Hitler em medida autoritária
O Tribunal Distrital de Kirov em Omsk determinou que equiparar Vladimir Putin a Adolf Hitler constitui crime, classificando tais representações como "incitação ao terrorismo" e "ameaça aos interesses do Estado". A decisão judicial, que proíbe terminantemente o uso do termo "Putler" (fusão de Putin+Hitler), representa mais um passo na escalada autoritária do regime russo, que vem sistematicamente suprimindo qualquer forma de crítica ao governo.
Censura digital se intensifica com bloqueio de conteúdos críticos
Relatos do The Sun revelam que as autoridades russas já removeram 12 sites e centenas de imagens e vídeos que associam o líder russo ao ditador nazista. A proibição se estende até mesmo a montagens humorísticas que adicionam características icônicas de Hitler - como seu bigode e penteado - em fotos de Putin. Esta medida ocorre paralelamente à perseguição de opositores políticos e jornalistas independentes, num claro esforço para controlar a narrativa pública sobre a guerra na Ucrânia.
Comparações históricas ganham força com ofensiva militar na Ucrânia
Desde o início da invasão em 2022, analistas internacionais e dissidentes russos têm traçado paralelos entre as táticas de Putin e as do regime nazista, especialmente quanto à repressão violenta, perseguição de minorias e expansionismo territorial. Enquanto o Kremlin tenta desesperadamente silenciar essas comparações, a comunidade global observa com preocupação os crescentes traços totalitários do governo russo, que agora recorre à justiça para reescrever a percepção histórica de suas ações. A medida judicial revela não apenas a sensibilidade do regime às críticas, mas também seu temor diante do poder simbólico dessas analogias históricas.