Publicado em: 25/05/2025
Zelensky denuncia nova onda de ataques russos: "Noite difícil para toda a Ucrânia"
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, relatou neste sábado (24) mais uma noite de intensos bombardeios russos contra diversas regiões do país. Em uma publicação no X (antigo Twitter), ele descreveu cenas de destruição causadas por mísseis e drones, destacando os danos a civis e infraestruturas.
Ataques coordenados atingem múltiplas cidades
"Foi uma noite difícil para toda a Ucrânia", afirmou Zelensky. "Em Kiev, equipes de resgate ainda removem escombros de mísseis e drones. Vários incêndios e explosões atingiram a capital, danificando residências, veículos e empresas. Há feridos, e infelizmente, também mortos." Os ataques se estenderam por Odessa, Kharkiv, Sumy, Vinnytsia, Dnipro e Donetsk, com registros de 250 drones Shahed (de origem iraniana) e 14 mísseis balísticos.
Apelo por sanções mais duras e cessar-fogo
Zelensky reforçou que a Ucrânia já propôs tréguas, incluindo a suspensão de ataques aéreos, mas acusou a Rússia de ignorar todas as tentativas de paz. "Cada novo ataque prova que Moscou é responsável pelo prolongamento desta guerra", declarou. O presidente pediu à comunidade internacional que intensifique as sanções econômicas contra a Rússia, especialmente em setores estratégicos, como energia e comércio de armas. "Apenas pressão real pode abrir caminho para a diplomacia", insistiu, agradecendo o apoio contínuo dos EUA e da União Europeia.
Troca de prisioneiros e frágeis esperanças de diálogo
Os bombardeios ocorreram na mesma semana em que Rússia e Ucrânia realizaram uma troca inédita de prisioneiros, com a libertação de 270 militares e 120 civis de cada lado. O acordo, mediado pela Turquia em Istambul, prevê a repatriação de até mil pessoas nos próximos dias. Apesar desse gesto, a escalada militar persiste, sem avanços concretos em negociações de paz.
Guerra completa dois anos com cenário de incertezas
Desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, o conflito já deslocou milhões de ucranianos, causou dezenas de milhares de mortes e transformou a Europa em um cenário de tensão geopolítica sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial. Enquanto a Ucrânia busca reforçar sua defesa com ajuda ocidental, a Rússia mantém uma ofensiva que, segundo analistas, visa desgastar a resistência ucraniana e testar a união dos aliados de Kiev. A comunidade internacional segue dividida entre medidas punitivas e a busca por uma solução negociada.