Publicado em: 11/08/2025
O Supremo Tribunal Federal (STF) foi palco de um confronto crucial nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado. Em uma acareação tensa, o tenente-coronel Mauro Cid e o coronel Marcelo Câmara ficaram frente a frente para esclarecer inconsistências em seus depoimentos à Polícia Federal. O objetivo da acareação, uma ferramenta jurídica utilizada para dirimir contradições entre versões de investigados, era obter mais clareza sobre os planos e a participação de ambos nos atos golpistas.
Fontes próximas à investigação revelaram que a acareação foi marcada por momentos de tensão e que as contradições entre os depoimentos de Cid e Câmara se mantiveram. Enquanto Mauro Cid tem colaborado com as investigações, fornecendo detalhes e documentos, Marcelo Câmara mantém uma postura mais evasiva, o que tem gerado desconfiança. As informações fornecidas por Cid, incluindo detalhes sobre reuniões e articulações políticas, colocam Câmara em uma posição difícil.
A Polícia Federal e o STF agora analisam os resultados da acareação para decidir os próximos passos da investigação. O confronto entre os dois militares é mais um capítulo em uma apuração complexa, que tem revelado a participação de diversos atores na trama golpista. A expectativa é que novos depoimentos e provas possam surgir a partir do embate, o que pode impactar diretamente o futuro de outros investigados e a própria cúpula política do país.