Lula e Xi Unem Forças Contra o Unilateralismo e Criticam Trump: "Guerras Comerciais Não Têm Vencedores"! - Pagenews

Lula e Xi Unem Forças Contra o Unilateralismo e Criticam Trump: "Guerras Comerciais Não Têm Vencedores"!

Publicado em: 13/05/2025

Lula e Xi Unem Forças Contra o Unilateralismo e Criticam Trump: "Guerras Comerciais Não Têm Vencedores"!
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Foto: Agência Brasil


São Paulo, SP- Em um encontro que reforça a aliança estratégica entre Brasil e China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente chinês, Xi Jinping, demonstraram nesta terça-feira (13) uma frente comum contra o que consideram práticas unilaterais e protecionistas no cenário internacional. Sem citar diretamente o nome de Donald Trump, Lula teceu críticas à política tarifária do ex-presidente americano, ressaltando que "guerras comerciais não têm vencedores" e que o mundo se tornou "mais imprevisível, instável e fragmentado" nos últimos meses.  






Vozes Unidas Contra o Protecionismo:



  • Multilateralismo como Pilar: "China e Brasil estão determinados a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo. A defesa intransigente do multilateralismo é uma tarefa urgente e necessária", afirmou Lula durante declaração à imprensa, após a assinatura de acordos com o governo chinês.  




  • Críticas às Guerras Comerciais: Lula enfatizou que "guerras comerciais não têm vencedores", destacando que tais conflitos elevam os preços, prejudicam as economias e afetam principalmente os mais vulneráveis em todos os países.  




  • Comércio Justo e Regras da OMC: "O presidente Xi Jinping e eu defendemos um comércio justo e baseado nas regras da OMC", declarou Lula, reforçando a importância de um sistema comercial global equilibrado e transparente.  





Alternativa às Rivalidades Ideológicas:



  • Comunidade de Futuro Compartilhado: Lula destacou a Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China por um Mundo mais Justo e um Planeta Sustentável, estabelecida em novembro do ano passado, como "uma alternativa às rivalidades ideológicas".

  • Relação Estratégica: O presidente brasileiro ressaltou a importância da relação entre Brasil e China, afirmando que "nunca foi tão necessária".  





Apelo à Paz e Críticas à ONU:



  • Condenação aos Conflitos Armados: Lula criticou a "insensatez dos conflitos armados", citando as guerras na Palestina e na Ucrânia, e defendeu que o fim desses conflitos é "precondição para o desenvolvimento".

  • Solução Política na Ucrânia: O presidente brasileiro destacou os entendimentos firmados entre Brasil e China para uma "resolução política para a crise na Ucrânia", buscando um diálogo abrangente para o retorno da paz na Europa.

  • Estado Palestino Independente: Lula condenou as "atrocidades cometidas em Gaza" e defendeu a criação de um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel.

  • Reforma da ONU: Lula criticou a ineficácia da ONU em manter a paz e defender os direitos humanos, defendendo uma reforma do Conselho de Segurança para refletir uma maior diversidade.


Acordos Bilaterais e Cooperação Estratégica:



  • Integração Financeira: Lula citou acordos firmados entre os bancos centrais dos dois países para promover a integração financeira e facilitar investimentos.

  • Programa Satélite de Recursos Terrestres: O presidente brasileiro mencionou o lançamento de satélites para uso agrícola e ambiental, em parceria com a China, beneficiando também outros países do sul global.

  • Financiamento de Projetos: Lula destacou a discussão sobre financiamento de projetos de infraestrutura, sustentabilidade e energia, com foco nas rotas de integração sul-americana.

  • Ampla Delegação: Lula ressaltou que levou à China uma "expressiva delegação" com ministros e parlamentares, demonstrando a importância estratégica da relação bilateral.


O encontro entre Lula e Xi Jinping reforça a aliança entre Brasil e China, com uma visão compartilhada de um mundo multipolar e uma crítica contundente às práticas unilaterais e protecionistas. A defesa do multilateralismo, a busca por soluções pacíficas para conflitos e a cooperação em áreas estratégicas como finanças, tecnologia e infraestrutura marcam essa nova fase da relação bilateral.

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