Revés Eleitoral: Pablo Marçal é Condenado Novamente e Fica Inelegível por 8 Anos em São Paulo!

São Paulo, SP – O cenário político paulistano volta a ter Pablo Marçal (PRTB) como protagonista, mas desta vez por uma decisão desfavorável da Justiça Eleitoral. O empresário e influenciador digital foi novamente condenado por conduta imprópria durante as eleições municipais de 2024, na capital paulista. A nova determinação judicial impõe a Marçal uma inelegibilidade de 8 anos, além do pagamento de uma multa expressiva de R$ 420 mil por descumprir uma liminar no curso do processo.

As acusações que pesam sobre o ex-candidato à prefeitura de São Paulo são graves e envolvem abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e captação e gastos ilícitos de recursos durante o período eleitoral.

Esta não é a primeira vez que a Justiça Eleitoral se manifesta contra Marçal. Em fevereiro deste ano, ele já havia sido declarado inelegível em outra decisão. Na ocasião, os partidos PSOL e PSB o acusaram formalmente de negociar apoio político a outros candidatos em troca de recursos financeiros para a sua própria campanha.

Apesar do novo revés judicial, a defesa de Pablo Marçal não se dá por vencida. Ainda cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). O coordenador de sua equipe jurídica, Paulo Hamilton Siqueira Júnior, declarou que as provas e os fatos apresentados na decisão não seriam suficientes para sustentar a condenação e que a defesa irá apresentar um recurso robusto, com argumentos que buscam reverter a decisão desfavorável.

Entenda os Motivos da Nova Condenação:

A decisão que decreta a nova inelegibilidade de Pablo Marçal é assinada pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. O magistrado foi contundente ao afirmar que "o réu Pablo Marçal é corresponsável pelas condutas perpetradas no canal mantido no ‘Discord’".

O juiz Zorz destacou a significativa "repercussão no contexto específico da eleição (gravidade quantitativa)", evidenciada pela ampla disseminação de vídeos em que se oferecia pagamento em troca de edições de vídeos de Marçal em um concurso de cortes. Essa oferta, segundo o magistrado, alcançou milhões de seguidores nas redes sociais do influenciador.

Além disso, a decisão aponta para o gasto ilícito de recursos, constatado "em razão da existência de impulsionamento de cortes de vídeo realizada por terceiros que foi estimulada pelo próprio candidato Pablo Marçal como forma de ilícito alavancamento de visualizações de cortes de vídeos com seu conteúdo."

O futuro político de Pablo Marçal permanece incerto, dependendo do julgamento do recurso no TRE-SP. No entanto, a nova condenação representa um duro golpe em suas ambições eleitorais e reforça a vigilância da Justiça Eleitoral sobre as práticas de campanha, buscando garantir a lisura e a igualdade de condições no processo democrático.