Fortaleza,
|
|
°
Publicado em: 16/03/2025
Polarização política e estratégias eleitorais: o cenário Lula x Bolsonaro em 2024
Em meio a tensões institucionais e uma base fiel, Jair Bolsonaro (PL) reafirmou seu discurso de resistência durante ato em Copacabana (16/06), atacando o STF e defendendo anistia aos condenados por atos golpistas de 8 de janeiro. O ex-presidente alega ter apoio no Congresso para aprovar o projeto, inclusive com suposto respaldo do PSD de Gilberto Kassab, aliado de Lula. A estratégia visa consolidar sua base: 34% dos eleitores ainda o consideram "a melhor opção para 2026" (Datafolha, junho/2024), mesmo após inelegibilidade até 2030.
Já Lula mantém 40% de aprovação, impulsionado por programas sociais, mas enfrenta desgaste com inflação de 4,1% no ano (IPCA) e taxa de desemprego de 7,8% (IBGE). Apesar disso, 51% dos eleitores rejeitam Bolsonaro, segundo o Ipec, evidenciando a polarização:
28% da população apoia "medidas radicais" para mudar o governo (AtlasIntel), reflexo do discurso bolsonarista.
45% dos jovens de 16 a 24 anos não confiam em Lula (Quaest), indicativo de desafio petista para renovar apoio.
Bolsonaro aposta na insatisfação com o STF — 62% dos brasileiros desaprovam a Corte (Genial/Quaest) — e na mobilização de sua base, que representa 20% do eleitorado como "ultra-engajada" (FGV). Já Lula busca ampliar alianças, com foco em estados do Nordeste, onde tem 58% de apoio (PoderData).
Cenário para 2026: Enquanto Bolsonaro mira controle do Legislativo, Lula tenta equilibrar agenda progressista com demandas do centrão. A disputa, porém, esbarra em riscos: 39% do eleitorado declara "não se identificar com nenhum dos dois" (Ipespe), sinalizando que o voto antiestablishment pode ditar os rumos.