Aumento de casos de COVID-19 leva São Gabriel da Cachoeira (AM) a reforçar medidas protetivas

Aumento de casos de COVID-19 leva São Gabriel da Cachoeira (AM) a reforçar medidas protetivas
A Prefeitura de São Gabriel da Cachoeira, localizada na região conhecida como "cabeça do cachorro", no Amazonas, reinstituiu o uso obrigatório de máscaras em ambientes fechados, como repartições públicas, comércios, escolas, igrejas e transportes coletivos. A decisão, anunciada na sexta-feira (25), surge diante de um cenário preocupante: o município registrou quase 400 casos positivos de COVID-19 em abril, um salto significativo frente aos 87 confirmados em março e aos 14 notificados em dezembro de 2023.

Contexto do surto atual
Segundo a Defensoria Pública do Amazonas, responsável por recomendar a medida, o aumento é alarmante. Em abril, dos 897 casos suspeitos analisados, 44,5% resultaram positivos para a COVID-19. O defensor público Marcelo Barbosa destacou, em ofício à Secretaria Municipal de Saúde, que a alta demanda por testes também revela a circulação de outras viroses respiratórias na região, ampliando os riscos à população. "Mesmo os casos negativos para COVID-19 indicam a presença de agentes infecciosos que exigem atenção redobrada", alertou.

Proteção às comunidades indígenas
Com cerca de 90% de sua população formada por povos originários, São Gabriel da Cachoeira adotou restrições extras para preservar grupos vulneráveis. O acesso a territórios indígenas agora exige comprovação de vacinação atualizada contra a COVID-19 ou teste negativo realizado nas últimas 48 horas. A medida, que permanecerá vigente enquanto persistirem as recomendações sanitárias, visa evitar a introdução do vírus em comunidades com histórico de fragilidade diante de doenças respiratórias.

Medidas complementares e impactos
O Festribal, tradicional Festival Cultural dos Povos Indígenas do Alto Rio Negro, teve seu lançamento adiado como parte das ações preventivas. A Secretaria Municipal de Saúde reforçou a oferta de testes rápidos em unidades básicas para sintomáticos, enquanto o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) atuará na fiscalização do cumprimento das regras.

Fiscalização e consequências do descumprimento
Quem descumprir as determinações está sujeito a sanções administrativas e outras penalidades previstas em lei. A prefeitura enfatiza que a colaboração da população é crucial para conter o avanço não apenas da COVID-19, mas de outras doenças que pressionam o sistema de saúde local. Com a vigilância ativa e a adesão às medidas, espera-se proteger vidas e evitar colapsos em uma região geograficamente isolada e socialmente vulnerável.