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O maior consumo de internet no mundo é dos Brasileiros

Publicado em: 21/05/2025

O maior consumo de internet no mundo é dos Brasileiros
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Brasileiros estão entre os que mais usam redes sociais no mundo: um alerta sobre o tempo de tela
Enquanto 5,3 bilhões de pessoas navegam diariamente por redes sociais – 67,4% da população global –, o Brasil emerge como um caso preocupante. Dados do Digital 2024 Report revelam que os brasileiros passam, em média, 3h44 por dia nessas plataformas, ocupando o 4º lugar no ranking mundial de tempo de tela. O número supera em 48% a média global (2h30) e reflete uma dependência que vai além do entretenimento: 82% dos jovens brasileiros admitem sentir ansiedade quando desconectados, segundo pesquisa da Febraban.


Redes sociais: da conexão à compulsão
Plataformas como TikTok, Instagram e Facebook se infiltraram profundamente na rotina nacional. O que era para ser uma ferramenta de interação tornou-se um hábito compulsivo: 61% dos usuários brasileiros acessam redes sociais antes mesmo de sair da cama, conforme o estudo Social Media Trends 2024. A exposição contínua tem custos: a OMS alerta que o excesso de tempo online está ligado ao aumento de casos de insônia (37% da população adulta), ansiedade (31%) e déficit de atenção em crianças (28%).


O paradoxo da hiperconexão
Apesar de 94% dos brasileiros afirmarem que as redes melhoram sua conexão com amigos, 68% reconhecem que o uso excessivo prejudica relações presenciais. Para especialistas, o dado revela um ciclo vicioso: a busca por validação digital gera isolamento real. Nas escolas, 43% dos professores relatam queda no rendimento escolar associado ao vício em telas, de acordo com o Instituto Península.


Um desafio global com contornos locais
Enquanto países como Filipinas (4h06 diárias) e África do Sul (3h50) lideram o ranking de uso, o Brasil destaca-se pelo crescimento acelerado: o tempo de tela aumentou 22% nos últimos três anos. Para a Sociedade Brasileira de Pediatria, esse cenário exige políticas públicas urgentes – apenas 12% das escolas no país têm programas de educação digital. O alerta é claro: sem equilíbrio, a revolução digital pode custar caro à saúde física e mental das próximas gerações.

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