Publicado em: 18/03/2025
"Spotify vira 'fábrica de dinheiro' para artistas: em 2025, até músico indie compra ilha particular (ou quase)
Segundo o relatório Loud & Clear da plataforma, divulgado em fevereiro de 2025, o Spotify está distribuindo grana como se fosse confete em carnaval. Hoje, o triplo de artistas vive de música comparado a 2017 – e não, não estamos falando só do Anitta ou do Drake. Até o indie que faz sucesso só no bairro dele está faturando mais que um trainee de startup.
Os números que fazem até o Beyoncé levantar a sobrancelha:
Em 2024, o Spotify desembolsou US$ 10 bi para a indústria musical, batendo seu próprio recorde (de novo!). Se fosse um show, seria tipo Woodstock, mas com mais zeros no cheque.
Desde 2014, os pagamentos da plataforma decaplicaram (sim, essa palavra existe). No total, já rolou US$ 60 bi desde a fundação – dinheiro suficiente para comprar 60 milhões de guitarras Stratocaster.
Indie? Tá virando mainstream, migo:
1.500 artistas faturaram mais de US$ 1 milhão só no Spotify em 2024. Detalhe: 80% deles nunca apareceram no Top 50 Global. Ou seja, dá pra ser rico sem precisar virar meme no TikTok.
Para os indies, o streaming já responde por 50% da receita global. Traduzindo: se você tem uma banda de garage rock e 100 fãs fiéis no Uruguai, ainda assim pode pagar o aluguel (e quem sabe o iFood premium).
Globalização musical (ou: quando seu hit viraliza na Groelândia):
Metade dos artistas que faturaram mais de US$ 1 mi em 2025 tiveram ouvintes internacionais como principais patrocinadores. E mais: 50% deles fizeram collab com artistas de outros países. Até o funk carioca já tem feat com k-pop, e ninguém reclamou (ainda).
17 idiomas estão nas músicas dos maiores pagamentos do Spotify. Se você canta em iorubá ou guarani, suas chances de virar streaming star são maiores que as de ganhar na Mega-Sena.
E aí, vai assinar o Spotify Premium?
Enquanto o mercado musical global quase dobrou de tamanho desde 2014 (de US13biparaUS 28 bi em 2023), o Spotify segue como o chefe do pedaço, com 600 milhões de usuários em 2024. Moral da história: se você ainda não lançou seu single no app, está deixando dinheiro em cima da mesa. Ou, como diria o relatório: "streaming não paga almoço grátis, mas paga o delivery".
(P.S.: Aos detentores de direitos autorais: sim, os artistas ainda ficam com a menor parte. Mas pelo menos agora dá pra comprar um cafezinho gourmet enquanto reclama no Twitter.