Publicado em: 20/04/2025
Um cenário de horror se abateu sobre a comunidade rural de La Valencia, na província de Manabí, noroeste do Equador. Um ataque armado em uma rinha de galos na última quinta-feira (18) resultou na morte de 12 pessoas. A polícia equatoriana agiu rapidamente, prendendo quatro suspeitos e apreendendo armas e uniformes falsificados das forças de segurança, conforme informações da BBC News.
Vídeos chocantes que circularam nas redes sociais registraram o momento em que os atiradores invadiram o local e abriram fogo contra os presentes, que tentavam desesperadamente buscar proteção. As autoridades locais investigam o massacre, e as primeiras pistas sugerem que os criminosos, vestidos com uniformes militares falsificados, seriam membros de um grupo rival das pessoas que se encontravam no evento.
Este episódio brutal escancara a crescente onda de violência que assola o Equador, fortemente ligada ao narcotráfico. O país se tornou uma rota crucial para a exportação de cocaína, com estimativas apontando que cerca de 70% da droga mundial transita por seus portos com destino aos Estados Unidos e à Europa. A cocaína chega principalmente de países vizinhos, Colômbia e Peru, os maiores produtores globais da substância.
Os números revelam a dimensão alarmante da crise: em janeiro deste ano, o Equador contabilizou 781 homicídios, marcando o mês mais violento em sua história recente. O presidente equatoriano, Daniel Noboa, reconheceu publicamente o papel central do tráfico de drogas nesse aumento da violência, atribuindo grande parte dos crimes à acirrada disputa entre gangues pelo controle das lucrativas rotas do narcotráfico. O ataque na rinha de galos surge como mais um capítulo sombrio nessa escalada de violência que desafia a segurança e a estabilidade do país.