Publicado em: 30/05/2025
Enfermeira condenada a 28 anos por assassinato premeditado com injeção letal
Nara Priscila Carneiro, 41 anos, foi sentenciada a 28 anos de prisão pelo homicídio qualificado de seu amante, Ramam Cavalcante Dias, em 2017. O crime ocorreu no hospital infantil onde ambos trabalhavam em Fortaleza, com a ré utilizando seu conhecimento profissional para aplicar uma injeção letal contendo cloreto de potássio e midazolam. O juiz Antônio Josimar Almeida Alves destacou a gravidade do caso, aumentando a pena inicial de 21 para 28 anos devido ao "uso de meio insidioso" e à impossibilidade de defesa da vítima.
Crime meticuloso para ocultar gravidez e traição
O Ministério Público do Ceará comprovou que a enfermeira planejou o assassinato ao descobrir estar grávida de 7 meses do amante, buscando esconder o relacionamento extraconjugal de seu marido. A vítima foi encontrada com uma seringa no braço e cocaína plantada em suas narinas - detalhe que reforçou a tese de montagem da cena. O Conselho Regional de Enfermagem cassou o registro profissional de Nara por 30 anos, enfatizando a violação ética de usar seus conhecimentos para fins criminosos.
Defesa insustentável diante das evidências
Apesar da alegação da defesa de que Nara não teria agido de forma "fria e maquiavélica", as provas periciais e o histórico do caso contradizem essa versão. A ré era responsável pela sala onde o crime ocorreu e foi a última pessoa vista com a vítima. A sentença serve como alerta sobre os perigos do abuso de conhecimento profissional e da escalada de violência em relacionamentos extraconjugais, marcando um dos casos mais graves de assassinato premeditado no Ceará nos últimos anos.