Mulher é Espancada e Arrastada por Carro, Ex-Marido Preso! - Pagenews

Mulher é Espancada e Arrastada por Carro, Ex-Marido Preso!

Publicado em: 13/05/2025

Mulher é Espancada e Arrastada por Carro, Ex-Marido Preso!
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São José do Rio Preto, SP-  A violência de gênero atinge mais uma vez patamares chocantes no interior de São Paulo. Uma mulher de 46 anos, Alessandra Gonçalves Muniz Machado, teve sua vida brutalmente interrompida na madrugada desta segunda-feira (12) em São José do Rio Preto. Ela foi espancada e arrastada por um carro conduzido por seu ex-marido, Aguinaldo dos Santos Machado, de 51 anos, que foi preso em flagrante e deverá responder pelo crime de feminicídio, o assassinato de uma mulher em razão de seu gênero.


Silêncio na Prisão: O Perfil do Agressor:



  • Custódia na Deic: Aguinaldo dos Santos Machado foi detido e encaminhado à carceragem da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic). Até o final da tarde desta segunda-feira, ele não havia constituído defesa, mantendo-se em silêncio perante as autoridades policiais.


Histórico de Violência e Separação Recente:



  • 27 Anos de Relação Abusiva: Alessandra relatou à polícia, enquanto ainda estava hospitalizada, que manteve um relacionamento com Aguinaldo por 27 anos e que tiveram três filhos. A separação havia ocorrido recentemente, motivada pelo uso frequente de álcool e cocaína por parte do ex-marido.

  • Intolerância Religiosa: A violência do agressor se manifestava também na intolerância religiosa, com relatos de quebra de diversos objetos de umbanda pertencentes a Alessandra.


A Escalada da Violência: Da Discussão ao Arrastamento Fatal:



  • Encontro Fatídico: Na noite de sábado (10), Alessandra havia pedido para que Aguinaldo devolvesse alguns pertences seus. O ex-casal conversava dentro do carro, em frente à residência da vítima, quando uma discussão se iniciou.

  • Reação e Agressão Brutal: Em um momento de tensão, Alessandra teria jogado uma garrafa de bebida que estava no carro na rua. A reação de Aguinaldo foi imediata e violenta, agredindo-a com socos e chutes.

  • Testemunha e Horror: Um vizinho presenciou a brutal agressão e tentou intervir, pedindo para que o homem parasse. Alessandra chegou a sair do veículo, mas, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas, aproximou-se novamente do carro, ficando com a mão presa na porta.

  • Arrastada pela Rua: Nesse instante de vulnerabilidade, Aguinaldo arrancou o carro, arrastando a ex-mulher pela rua por metros.

  • Queda e Traumatismo Craniano: Ao passar por uma lombada, a mão de Alessandra se soltou da porta do veículo, e ela caiu violentamente, batendo a cabeça na rua. O agressor fugiu do local imediatamente após o crime.


Socorro e Agravamento do Quadro:



  • Ferimentos Graves: Alessandra foi socorrida por familiares com múltiplos ferimentos nas mãos, braços, pernas e rosto, sendo levada consciente para a Santa Casa. A equipe médica acionou a Polícia Civil, e foi solicitada uma medida protetiva de urgência.

  • Morte na UTI: Infelizmente, o estado de saúde de Alessandra se deteriorou rapidamente, necessitando de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde veio a falecer na madrugada desta segunda-feira.


Prisão e Investigação Ampliada:



  • Captura do Agressor: Aguinaldo foi preso na noite de domingo (11), quando se encontrava na casa da vítima, demonstrando um comportamento possessivo e perigoso.

  • Intolerância Religiosa em Foco: A investigação policial também apurará a possível motivação de intolerância religiosa no crime, considerando os relatos da destruição de objetos de culto de Alessandra.


Um Padrão Sombrio: Casos Anteriores de Violência Extrema:


O caso de Alessandra ecoa outros crimes bárbaros ocorridos no interior de São Paulo, nos quais mulheres foram vítimas de violência extrema por seus ex-parceiros:



  • Nipoã (2022): Uma mulher de 30 anos foi amarrada a um carro e arrastada por cerca de 50 metros pelo ex-namorado, que foi preso por tentativa de feminicídio.

  • Ribeirão Preto (1998): O empresário Pablo Russel Rocha foi condenado a 24 anos de prisão por arrastar por dois quilômetros e matar a garota de programa Selma Heloisa Artigas da Silva, conhecida como Nicole.


Esses casos trágicos expõem a persistência da violência de gênero e a necessidade urgente de medidas eficazes de prevenção, proteção e punição para crimes dessa natureza. A morte de Alessandra clama por justiça e reforça a importância de romper o ciclo da violência contra a mulher.

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