Sargento da PM mata esposa e atira na filha durante consulta médica em Santos

Sargento da PM mata esposa e atira na filha durante consulta médica em Santos
Um crime chocante abalou a cidade de Santos, no litoral de São Paulo, nesta quarta-feira (7). O sargento da Polícia Militar Samir Carvalho assassinou sua esposa, Amanda Fernandes, de 42 anos, e baleou a filha do casal, de apenas 10 anos, dentro de um consultório médico na Avenida Pinheiro Machado, no bairro Vila Belmiro. O caso, registrado como feminicídio, expõe mais uma vez a gravidade da violência doméstica no Brasil, onde uma mulher é vítima de feminicídio a cada seis horas, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Detalhes do crime revelam brutalidade
Segundo informações da TV Tribuna, o policial chegou à clínica afirmando estar desarmado. Ao ser autorizado a entrar, sacou uma arma que havia escondido e disparou contra a esposa e a filha. Em seguida, esfaqueou Amanda dez vezes, resultando em sua morte imediata. A criança, atingida por tiros no braço e na perna, foi socorrida e encaminhada à Santa Casa de Santos. Seu estado de saúde ainda não foi divulgado, mas o trauma psicológico decorrente da violência testemunhada é imensurável.

Autor preso e investigações em andamento
Samir Carvalho foi detido em flagrante e levado para o Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que um Inquérito Policial Militar foi aberto para apurar a conduta dos agentes envolvidos no atendimento. O caso também está sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, que enquadrou o crime como feminicídio, tentativa de homicídio e violência doméstica. A motivação do ataque permanece desconhecida, mas especialistas alertam que casos assim frequentemente envolvem históricos de abuso e controle.

Violência contra mulheres segue como desafio nacional
Este trágico episódio reforça a urgência de políticas efetivas no combate à violência de gênero. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que 70% dos feminicídios no país são cometidos por parceiros ou ex-parceiros das vítimas, muitas vezes em ambientes domésticos. A impunidade e a falha na aplicação de medidas protetivas continuam sendo obstáculos, evidenciando a necessidade de maior fiscalização e conscientização. Enquanto isso, a sociedade se pergunta: quantas vidas ainda serão perdidas antes que a justiça seja feita?