Violência que mata: O aumento alarmante de feminicídio por arma de fogo no Brasil

 

O ano de 2025 traz um dado que deveria nos assombrar: o aumento alarmante de feminicídios cometidos com o uso de armas de fogo. Um levantamento recente do Instituto Fogo Cruzado, que monitora a violência armada no país, revela uma tendência preocupante: mais mulheres estão sendo mortas por homens que têm acesso a armamentos, muitas vezes dentro de suas próprias casas.

A pesquisa aponta que, em comparação com anos anteriores, a proporção de feminicídios por arma de fogo cresceu de forma significativa. Isso não apenas demonstra a facilidade de acesso a armamentos, mas também a brutalidade com que esses crimes são cometidos. O feminicídio é o ápice da violência de gênero, resultado de um histórico de opressão e machismo. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2024, mais de 1.500 mulheres foram assassinadas em razão de sua condição de gênero, e o ano de 2025 parece seguir o mesmo caminho de horror.

O aumento de armas de fogo em circulação no país está diretamente ligado a esse cenário. Estudos do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e de outras entidades de segurança pública mostram que quanto maior a disponibilidade de armas, maior a chance de que elas sejam usadas em crimes passionais e em casos de violência doméstica. Para muitas vítimas, o agressor é uma pessoa de confiança, alguém que tem acesso irrestrito ao lar, transformando o que deveria ser um refúgio em uma armadilha mortal.

O Instituto Fogo Cruzado ressalta a importância de políticas públicas que não só punam os agressores, mas que também ofereçam apoio e proteção às mulheres em situação de risco. É fundamental que as denúncias sejam levadas a sério e que a rede de proteção, que inclui delegacias da mulher, abrigos e centros de referência, seja fortalecida e acessível. A batalha contra o feminicídio é uma urgência que demanda ações de todos os setores da sociedade.