Publicado em: 04/10/2025
O Brasil vive um momento de atenção máxima na saúde pública com o avanço dos casos de intoxicação por metanol (álcool de madeira) em bebidas adulteradas. A crise se intensifica e já ultrapassou a marca de 100 casos suspeitos em diversos estados, forçando autoridades a agir rapidamente para conter o que se tornou uma grave ameaça à população.
O metanol é um álcool industrial tóxico que, quando ingerido, pode causar cegueira permanente e, em altas doses, levar à morte. A investigação aponta que o produto está sendo usado na falsificação de bebidas destiladas, como forma de baratear a produção. Uma das linhas de apuração sugere que o metanol pode ter sido empregado na higienização de garrafas recicladas, contaminando o líquido final.
Diante do risco, a Polícia Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) intensificaram as operações de fiscalização em indústrias e distribuidoras. Um grande fornecedor de bebidas adulteradas já foi preso em São Paulo, mas o rastreamento da contaminação ainda é complexo.
A principal recomendação dos especialistas é a extrema cautela ao comprar bebidas. Para evitar o consumo de produtos adulterados, fique atento a estes pontos:
Preço Desconfiado: Se o valor estiver muito abaixo do mercado, desconfie. O preço é um indicador comum de que a bebida pode ser falsificada.
Rótulos e Lacres: Verifique se o rótulo está bem impresso, sem sinais de violação. O selo de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) deve estar intacto, e o lacre, sem danos.
Cor e Consistência: Observe a cor da bebida. Qualquer alteração, turbidez ou presença de resíduos pode indicar adulteração.
O Ministério da Saúde agiu para garantir que o antídoto contra o metanol esteja disponível em toda a rede de saúde. Além disso, as autoridades reforçam a necessidade de notificação imediata de qualquer caso suspeito de intoxicação, cujos sintomas incluem fortes dores abdominais, dor de cabeça intensa, vômitos e problemas de visão.
A crise do metanol é um lembrete severo sobre a importância da fiscalização e da escolha consciente no consumo. O apelo é para que todos ajam com cautela e ajudem a espalhar a informação.