Publicado em: 21/05/2025
O planeta está em alerta máximo. As Nações Unidas emitiram um aviso sombrio sobre uma catástrofe global iminente, impulsionada pelo rápido e assustador aumento do nível do Oceano Pacífico. Mas a ameaça não está restrita a ilhas distantes: o Brasil, com suas vibrantes cidades costeiras, também está na mira dessa maré crescente. Capitais como Fortaleza, Salvador, Recife, São Luís, Aracaju, João Pessoa, Natal e Maceió enfrentam um futuro incerto, sob a sombra da elevação das águas que pode redesenhar seus litorais.
Segundo relatórios da Organização Meteorológica Mundial (OMM), as temperaturas do Oceano Pacífico estão subindo em um ritmo alarmante, até três vezes mais rápido que a média global. Este aquecimento desenfreado dos oceanos é o principal motor do derretimento das calotas polares e geleiras, e, consequentemente, da elevação do nível dos mares.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, tem sido enfático: para as pequenas nações insulares do Pacífico, essa não é apenas uma ameaça climática, mas uma corrida existencial contra o tempo. Muitas dessas ilhas, com elevação média de apenas um a dois metros acima do nível do mar, correm o risco de simplesmente desaparecer do mapa, arrastando consigo culturas milenares e comunidades inteiras.
Apesar da distância do Oceano Pacífico, o fenômeno do aquecimento global e a consequente elevação do nível do mar são problemas globais que impactam todas as costas. O Brasil, com seus mais de 7 mil quilômetros de litoral, é particularmente vulnerável. Especialistas já alertam que a elevação das águas ameaça diretamente a infraestrutura, o turismo e a vida de milhões de brasileiros que vivem em cidades costeiras.
Dados científicos não deixam dúvidas: o nível do mar já subiu mais de 20 centímetros no último século, e a tendência é de aceleração. Projeções indicam que, até 2050, essa elevação pode atingir 35 centímetros ou mais em algumas regiões.
Diante desse cenário, a urgência de ações de mitigação (redução das emissões de gases de efeito estufa) e adaptação (preparação das cidades para os impactos inevitáveis) é cada vez maior. Medidas como a construção de barreiras físicas, a recuperação de manguezais (que atuam como defesas naturais) e o planejamento urbano resiliente são cruciais para proteger a vida e o patrimônio nas áreas costeiras.