Publicado em: 23/08/2025
Mais de 700 pinguins-de-magalhães foram encontrados mortos nas praias do litoral sul de São Paulo, entre as cidades de Cananéia, Iguape e Ilha Comprida. O caso, que foi registrado pelo Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC), chocou a população e levantou um alerta sobre a saúde do nosso ecossistema marinho.
Os animais foram encontrados em estado avançado de decomposição, o que tem dificultado a identificação da causa exata das mortes. De acordo com o IPeC, os pinguins fazem uma longa jornada migratória e a exaustão pode ser um fator, mas outras hipóteses não são descartadas.
Entre as principais suspeitas, estão a falta de alimentos, infecções, parasitoses e até a interação com a pesca. Os pinguins se alimentam de peixes pequenos, e a redução de suas presas pode afetar a saúde e a resistência deles. O encalhe de animais mortos, por si só, não é incomum, mas a quantidade de mortes simultâneas é alarmante.
Apesar da tragédia, os especialistas garantem que a espécie, os pinguins-de-magalhães, não corre risco de extinção imediata. Estima-se que existam entre 2 e 3 milhões desses animais na natureza, em grandes colônias, especialmente na Argentina.
No entanto, a situação serve como um lembrete do quanto os animais marinhos estão vulneráveis a pressões climáticas e antrópicas, ou seja, causadas pela ação humana. A poluição, a pesca predatória e o aquecimento global são ameaças constantes para a vida selvagem. O IPeC, responsável pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, segue investigando o caso para tentar desvendar o que realmente aconteceu.
O mistério continua, e a esperança é que os especialistas encontrem as respostas para proteger esses animais incríveis.