Publicado em: 12/05/2025
34% de Crescimento: Amazon pontencializa vendedores no Ceará
O Ceará registrou um aumento de 34% na base de vendedores do marketplace da Amazon entre 2023 e 2024, alcançando 1,6 mil empreendedores. No entanto, apesar do crescimento, o estado ocupa apenas a terceira posição no Nordeste, evidenciando a necessidade de maior integração digital para competir com líderes como Maranhão (61%) e Alagoas (41%). Os dados são do relatório “Amazon Brasil: Impulsionando PMEs que transformam a economia nacional”, divulgado nesta semana.
Ranking de crescimento expõe desigualdades no Nordeste
Enquanto Maranhão e Alagoas lideram com taxas acima de 40%, estados como Sergipe e Piauí apresentam os menores crescimentos (21%), revelando disparidades regionais. A Bahia, mesmo com um avanço menor (32%), mantém a maior base absoluta: mais de 2 mil vendedores ativos. O cenário reforça a urgência de políticas públicas e investimentos em infraestrutura digital para equilibrar oportunidades na região.
Amazon atinge 100 mil vendedores no Brasil, mas exportação ainda é limitada
A plataforma alcançou a marca de 100 mil vendedores ativos no país, com crescimento de 30% em 2024. No entanto, apenas 3 mil parceiros (3% do total) utilizam a Amazon para exportar – um potencial ainda subexplorado diante do alcance global da empresa. As vendas somaram R$ 11,3 bilhões, com 78% destinadas a consumidores fora do estado do vendedor, indicando a importância do marketplace para romper barreiras geográficas.
Tecnologia é aposta, mas acesso permanece desigual
Virginia Pavin, diretora do Marketplace da Amazon Brasil, destacou otimizações como IA para anúncios e agilidade no cadastro de sellers. Porém, o Nordeste ainda enfrenta desafios crônicos, como conectividade precária e logística deficitária, que limitam o pleno potencial dessas ferramentas. O crescimento do e-commerce na região é vital para a economia local, mas depende de avanços estruturais para garantir inclusão digital real.
Crescimento não significa equidade
Embora a Amazon celebre a expansão no Nordeste, os dados mostram que o desenvolvimento do comércio eletrônico ainda é desigual. Estados com menor representatividade, como Piauí e Sergipe, correm o risco de ficar ainda mais para trás se não houver investimentos em capacitação e infraestrutura. A empresa reforça seu papel no fomento ao empreendedorismo, mas a transformação econômica regional exigirá esforços coletivos – públicos e privados.