Empresário ligado a prefeito cassado ocupou vaga em presídio para vulneráveis no Ceará - Pagenews

Empresário ligado a prefeito cassado ocupou vaga em presídio para vulneráveis no Ceará

Publicado em: 26/05/2025

Empresário ligado a prefeito cassado ocupou vaga em presídio para vulneráveis no Ceará
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Empresário ligado a prefeito cassado ocupou vaga em presídio para vulneráveis no Ceará
Maurício Gomes Coelho, conhecido como “MK”, apontado como laranja do prefeito cassado Carlos Alberto Queiroz (“Bebeto do Choró”), permaneceu quase seis meses em uma unidade prisional do Ceará destinada a públicos vulneráveis, contrariando o perfil oficial da cadeia. O caso expõe falhas na gestão penitenciária e levanta questões sobre possíveis privilégios no sistema carcerário.


Presídio especial abrigou detento fora do perfil previsto
A Unidade Prisional Irmã Imelda, em Aquiraz (CE), foi criada para custodiar grupos como LGBTQIA+, idosos, pessoas com deficiência e investigados por violência doméstica. No entanto, “MK” – acusado de crimes graves como tentativa de homicídio, lavagem de dinheiro e associação criminosa – foi transferido para o local em novembro de 2024, onde permaneceu até maio de 2025. A SAP justificou a decisão pela Comissão de Avaliação de Transferência (CATVA), mas não detalhou os critérios.


Transferência ocorre após questionamento da imprensa
O empresário só deixou a unidade especial na madrugada de 23 de maio, horas após a reportagem questionar a SAP sobre a incompatibilidade entre seu perfil e o propósito da cadeia. Ele foi enviado à UP-Aquiraz, presídio comum, onde cumpre pena enquanto aguarda julgamento. A mudança tardia reforça suspeitas de tratamento diferenciado, já que “MK” tem ligações com “Bebeto do Choró”, foragido desde 2023 e investigado por esquemas de corrupção.


Caso revela desafios na gestão penitenciária
A situação evidencia a pressão por vagas no sistema carcerário cearense e a fragilidade nos processos de alocação. Enquanto “MK” ocupava espaço destinado a grupos em risco, outros detentos com perfil adequado podem ter sido prejudicados. A SAP não se pronunciou sobre possíveis irregularidades, mas o episódio serve de alerta para a necessidade de auditorias e transparência nas decisões de transferência.

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