Publicado em: 23/03/2025
"Skank: a banda que fez o ‘Samba Preguiçoso’ mas nunca tirou um dia de folga" – Samuel Rosa explica (e o mercado chora)
Em um mundo onde carreiras musicais duram menos que um story do Instagram, o Skank decidiu ignorar todas as leis da física – e da indústria fonográfica. A banda, que encerrou suas atividades em 2023 após 32 anos de hits ininterruptos, vendeu mais de 12 milhões de discos e emplacou sucessos em todas as décadas desde os anos 1990. Quando questionado sobre o segredo da "era dourada infinita", Samuel Rosa brincou: "A gente só compôs músicas ruins… mas esquecemos de avisar o público".
A piada esconde números sérios: em 2024, mesmo após o adeus, o Skank liderou o ranking de streams de rock nacional no Spotify Brasil por 3 semanas seguidas, segundo dados da plataforma. E não foi só isso: o clássico "Garota Nacional" virou trilha sonora de 98% dos churrascos de domingo, segundo pesquisa não oficial (mas altamente confiável) do Instituto "Vizinho do Apartamento 302".
Enquanto bandas novas tentam sobreviver aos algoritmos, o Skank parece ter descoberto a fórmula da juventude eterna. "A gente não teve baixa porque nunca subimos no telhado para consertar a antena", filosofou Rosa, em referência ao hit "É Uma Partida de Futebol". E os fãs concordam: até hoje, ninguém explica como "Resposta" (1995) continua sendo a resposta certa para toda ocasião – de festas a crises existenciais.
Dados que doem (nos outros artistas):
Turnê de despedida (2023): Lotou estádios em 18 cidades, incluindo um show extra para 5.000 fãs que juraram "não ter conseguido ingressos".
Streaming em 2024: 45 milhões de plays só em janeiro, segundo a ABPD.
Resumindo: o Skank não teve período de baixa pelo mesmo motivo que o café nunca saiu de moda no Brasil – funciona até de madrugada, e todo mundo sabe a letra. "A gente só não avisou que ia durar tanto", concluiu Rosa. E os concorrentes? Esses ainda estão procurando o botão "pausa".