Padre Fábio de Melo se pronuncia após polêmica: “À beira de renunciar à vida pública”

Padre Fábio de Melo se pronuncia após polêmica: “À beira de renunciar à vida pública”
Em um relato emocionante publicado em suas redes sociais, o padre Fábio de Melo expôs o peso dos constantes ataques virtuais que tem enfrentado. Com dados recentes da SaferNet Brasil apontando um aumento de 35% em denúncias de discurso de ódio online em 2023, o religioso destacou como o ambiente digital tem se tornado um campo minado para discussões tóxicas e perseguições. “As pessoas não buscam diálogo, mas um alvo para canalizar sua escuridão”, desabafou.

Caso de Joinville reacende debates sobre responsabilidade nas redes
A polêmica envolvendo um funcionário demitido após um erro em uma loja de Joinville (SC) ganhou proporções inesperadas, colocando Melo no centro de críticas. O episódio, inicialmente tratado como um mal-entendido, escalou para ataques pessoais massivos, incluindo até mesmo comentários sobre sua trajetória religiosa. O padre ressaltou que situações como essa refletem uma cultura de cancelamento que ignora contextos e humanidade.

Saúde mental em xeque: o legado da pandemia e luto familiar
Melo vinculou parte de sua exaustão emocional ao luto pela morte de sua mãe, vítima da Covid-19 em 2021 – período que ele já havia associado ao agravamento de sua depressão. Dados do Ministério da Saúde revelam que 34% dos brasileiros relatam piora na saúde mental pós-pandemia, cenário que o religioso personifica. “Homenagens à minha mãe são invadidas por mensagens de ódio. Não há mais espaços sagrados”, lamentou.

O alerta sobre o virtual: “Estamos todos na mira”
Em seu texto, o sacerdote fez um alerta contundente: “O mundo virtual é a armadilha mais eficaz do Diabo”. A afirmação ecoa estudos da UNESCO, que associam o excesso de exposição online a riscos como ansiedade e polarização. Melo admitiu considerar o afastamento definitivo das redes: “Não sei como outros resistem. Estou perto de deixar tudo, mas quero lembrar: protejam-se. Todos estamos vulneráveis”. Suas palavras reforçam a urgência de debates sobre empatia e saúde mental na era digital.