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Chá de Cana?: A trajetória de Sthella Lima

Publicado em: 28/04/2025

Chá de Cana?: A trajetória de Sthella Lima
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Do sonho à realidade: a trajetória de Sthella Lima
Sthella Lima, 33 anos, transformou uma bicicleta e a venda de caipirinhas nas praias de Vila Velha (ES) em um império de 200 mil latas vendidas em três meses. Sua marca, Xá de Cana – bebida pronta à base de caldo de cana, limão e cachaça –, nasceu em dezembro de 2023 após um ano de testes e hoje já está em mais de 200 pontos de venda, contra 25 no lançamento. A previsão para 2024 é ampliar a produção em 50 vezes, sinalizando um crescimento explosivo em um mercado cada vez mais competitivo.


Adaptação e inovação: do improviso à industrialização
A jornada começou em 2021, quando Sthella, então gerente de auditoria, percebeu a falta de opções alcoólicas diferenciadas no litoral capixaba. Vendendo caipirinhas de forma improvisada, logo entendeu as limitações do modelo. A virada veio ao substituir a água pelo caldo de cana, ingrediente menos comum e com potencial de congelamento, permitindo escalabilidade. Um teste em um casamento, com 24 litros produzidos, confirmou a viabilidade.


Estratégia e expansão: o salto para Belo Horizonte
Com R$ 50 mil do próprio bolso, Sthella migrou para Belo Horizonte (MG), onde encontrou infraestrutura e expertise em bebidas prontas. Foram nove meses de ajustes na fórmula, identidade visual e parcerias industriais até chegar à primeira lata. Hoje, 95% dos insumos são mineiros, e a produção – terceirizada – já supera 3 mil unidades mensais. A escolha pela cidade não foi aleatória: BH concentra marcas como Xeque-Mate e Stone Light, líderes no segmento RTD (Ready-to-Drink).


Riscos e pressão: os desafios por trás do sucesso
A escalada rápida traz desafios. Aumentar a produção em 50 vezes exige logística impecável e gestão de custos em um cenário de inflação de insumos. Além disso, consolidar a marca em um mercado saturado demanda inovação constante. Sthella, porém, segue confiante: “Acreditei no potencial do caldo de cana quando ninguém falava sobre isso. Agora, é manter o ritmo sem perder a essência”. Com projeções audaciosas, a Xá de Cana prova que até sonhos modestos podem virar revoluções – desde que regados a resiliência.

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