Publicado em: 08/04/2025
Fortaleza amanheceu com a notícia que ninguém queria: um salto repentino no preço da gasolina. Os postos, como em um passe de mágica, uniformizaram seus letreiros, exibindo o valor de R$ 6,49 por litro, um aumento de até 83 centavos em relação aos dias anteriores. Para quem depende do carro para trabalhar ou se locomover, a sensação é de ter o bolso esvaziado a cada abastecimento.
A ironia não passou despercebida: alguns postos ainda ostentavam a palavra "promoção" em seus letreiros, um insulto à inteligência do consumidor. Afinal, qual a promoção em pagar R$ 6,49 por litro de gasolina? A piada de mau gosto foi rapidamente corrigida, mas o estrago já estava feito.
Se o pagamento em dinheiro, débito ou Pix já dói no bolso, a fatura do cartão de crédito é um verdadeiro golpe. A prática, comum em Fortaleza, de cobrar preços diferenciados para cada forma de pagamento, penaliza ainda mais quem não tem outra opção.
A pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) confirma o que os fortalezenses já sentem na pele: a gasolina está cara em todo o país. Fortaleza, que antes figurava entre as capitais com os menores preços, agora se aproxima do topo do ranking, com R$ 5,97 por litro.
A alta repentina dos preços levanta suspeitas de cartelização, uma prática ilegal que prejudica o consumidor. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) já investiga o caso, mas o resultado da investigação pode demorar.
Para quem precisa economizar, a dica é pesquisar. Aplicativos de comparação de preços podem ajudar a encontrar postos com valores mais competitivos. Além disso, a ANP divulga semanalmente um ranking com os preços da gasolina em todo o país.