imóveis do Minha Casa, Minha Vida podem subir até 8% em Fortaleza - Pagenews

imóveis do Minha Casa, Minha Vida podem subir até 8% em Fortaleza

Publicado em: 01/05/2025

imóveis do Minha Casa, Minha Vida podem subir até 8% em Fortaleza
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Preços dos imóveis do Minha Casa, Minha Vida podem subir até 8% em 2025 em Fortaleza, pressionando acesso à moradia


Os preços dos imóveis residenciais do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) em Fortaleza estão em trajetória de alta e podem sofrer um reajuste de até 8% em 2025. Segundo dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), o metro quadrado dos imóveis verticais econômicos da faixa 3 atingiu R$ 5.962 no primeiro trimestre de 2024. Esse aumento é consequência direta da elevação nos custos de construção e acende um alerta para o risco de exclusão de milhares de famílias do sonho da casa própria.


Custos crescentes e Reforma Tributária devem ampliar pressão sobre preços


A combinação de fatores como terrenos mais valorizados, mão de obra mais cara e queda na produtividade do setor tem pressionado o mercado imobiliário popular. Já em 2024, os imóveis das faixas 1 a 4 do MCMV registraram aumentos expressivos, e a tendência é de que esses valores continuem crescendo em 2025. O presidente do Sinduscon-CE, Patriolino Dias, ressalta que a Reforma Tributária deve contribuir ainda mais para a elevação dos preços, uma vez que prevê aumento de tributos específicos para o setor da construção civil. Em Fortaleza, o preço médio do metro quadrado já chega a R$ 11.195, enquanto imóveis verticais não econômicos alcançam até R$ 12.396, ampliando ainda mais a distância entre a renda das famílias de baixa renda e os valores praticados no mercado.


Impacto social e perspectivas preocupantes para o mercado


O cenário torna-se especialmente delicado para as famílias que dependem do Minha Casa, Minha Vida como única alternativa para conquistar uma moradia digna. O aumento constante dos custos, aliado a um ambiente econômico mais complexo com as mudanças tributárias, representa uma ameaça concreta à inclusão habitacional. “Tudo isso se reflete no custo final”, reforça Patriolino Dias, alertando para a necessidade urgente de políticas públicas eficazes que equilibrem os preços dos imóveis e os modelos de financiamento acessível. Caso contrário, o Brasil corre o risco de ver ampliado o déficit habitacional, comprometendo o papel social de programas como o MCMV.

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