Nubank pode deixar de existir? Banco Central propõe mudanças que ameaçam marca - Pagenews

Nubank pode deixar de existir? Banco Central propõe mudanças que ameaçam marca

Publicado em: 31/03/2025

Nubank pode deixar de existir? Banco Central propõe mudanças que ameaçam marca
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Nubank pode deixar de existir? Banco Central propõe mudanças que ameaçam marca
O Banco Central do Brasil está analisando uma medida regulatória que pode forçar o Nubank a abandonar seu nome. A proposta, em consulta pública até maio de 2025, proíbe empresas sem licença bancária de usar o termo "bank" em suas marcas. Caso aprovada, a regra exigirá que fintechs como o Nubank — que atua sob regulamentação específica, não como banco tradicional — alterem sua identidade ou busquem uma licença formal, sob risco de descontinuidade da marca.


Nubank invade telecomunicações com NuCel: expansão em meio a incertezas
Enquanto enfrenta desafios regulatórios, o Nubank avança em sua estratégia de diversificação com o lançamento do NuCel, um plano de telefonia móvel com cobrança diretamente pelo app. O serviço promete tarifas até 30% mais baixas que as convencionais, integrado a benefícios como cashback em NuCoins. A iniciativa reforça a ambição da fintech em ocupar novos espaços, mesmo em um cenário de possível rebranding forçado.


Por que o Banco Central quer proibir o uso de "bank"?
A medida visa evitar que consumidores associem fintechs a bancos tradicionais, já que instituições como o Nubank não seguem as mesmas regras de capitalização, segurança e supervisão. Dados de 2024 mostram que 41% dos brasileiros ainda desconhecem as diferenças entre bancos digitais e tradicionais, elevando riscos de confusão na contratação de serviços. O BC argumenta que a mudança trará transparência, mas especialistas alertam para custos milionários em rebranding e perda de reconhecimento de marca.


O que o Nubank pode fazer para sobreviver?
A fintech tem dois caminhos: tornar-se um banco completo, sujeito a exigências como depósitos compulsórios e capital mínimo de R70milho~es,ourenomearsuamarca.Aprimeiraopc\ca~oampliariasuaautonomia,masencareceriaoperac\co~es;asegundapreservariaseumodeloaˊgil,poreˊmdemandariareinvestiremmarketingparareerguerumaidentidadejaˊconsolidada.AnalistasestimamqueumatrocadenomecustariaateˊR 1 bilhão em divulgação global.


Impacto no mercado: fintechs correm contra o tempo
Se aprovada, a regra terá um período de transição de 18 meses. Enquanto isso, além do Nubank, outras 23 fintechs brasileiras que usam "bank" no nome precisarão se adaptar. O setor teme que a medida freie inovações recentes, como contas digitais e crédito para não bancarizados, hoje responsáveis por 28% das transações financeiras no país. A Associação Brasileira de Fintechs já se posicionou contra, classificando a proposta como "um retrocesso à inclusão financeira".


O que esperar dos próximos meses?
A consulta pública receberá contribuições até maio de 2025, e a pressão de gigantes como Nubank e Mercado Pago deve influenciar o texto final. Enquanto isso, o Nubank segue ampliando serviços — como o NuCel — para fortalecer sua relevância, independentemente do nome. Para consumidores, a mudança pode significar mais clareza, mas também menos opções disruptivas se fintechs perderem espaço para bancos tradicionais. O desfecho definirá não só o futuro da marca roxa, mas o equilíbrio entre inovação e regulamentação no Brasil.

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