Publicado em: 16/04/2025
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, revelou ao Broadcast que a companhia monitora os preços dos combustíveis quinzenalmente e que "já está na hora de olhar de novo" o comportamento do mercado, considerando que o último ajuste da estatal ocorreu em 1º de abril.
Apesar da proximidade de uma nova avaliação, a executiva enfatizou a necessidade de "muita calma nessa hora", ressaltando que o assunto ainda está em debate interno. O objetivo é evitar que a forte volatilidade do cenário externo, impulsionada pelas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos a diversos países, contamine o mercado brasileiro.
"A tarifa é problema deles (EUA), não nosso. Não podemos trazer essa confusão para dentro do país. Estamos olhando com muito carinho se o patamar está consistente. Dependendo, a gente abaixa ou eleva os preços", declarou Chambriard, sinalizando que a Petrobras pode tanto reduzir quanto aumentar os valores, dependendo da análise da consistência dos patamares atuais. "Muita calma nessa hora, porque os problemas globais não são nossos", reiterou.
A decisão final sobre os preços dos combustíveis na Petrobras é colegiada, envolvendo a presidente Magda Chambriard e mais dois diretores: o Financeiro e de Relações com Investidores, Fernando Melgarejo, e o diretor de Logística, Comercialização e Mercados, Claudio Schlosser.
O último reajuste implementado pela estatal foi no dia 1º de abril, com uma redução de 4,6% no preço do diesel nas refinarias. Já o preço da gasolina permanece inalterado há 271 dias.
Nesta terça-feira, o mercado global de commodities apresentava instabilidade. Por volta das 11 horas, tanto a cotação do petróleo (em torno de US$ 65 o barril) quanto a do dólar (próximo de R$ 5,8) operavam com pequenas oscilações, refletindo a forte volatilidade desencadeada pelas recentes medidas tarifárias dos Estados Unidos. A postura cautelosa da Petrobras demonstra a preocupação em equilibrar os preços internos com as turbulências do cenário internacional, buscando proteger o mercado brasileiro de choques externos.